sexta-feira, maio 28, 2010

TRÊS OBRAS PARA O LAZER E ENTRETENIMENTO EM MANAUS


Três projetos são destina­dos ao lazer da comunidade e têm clara vocação turística. São eles: o Aquário Munici­pal, batizado de Amazona­rium, a Nova Ponta Negra e a Cidade da Criança.

O Amazonarium, um megaaquário, será construído no terreno onde estão as torres da Em­bratel, na Colônia Antônio Aleixo. Os 15 aquários terão peixes da Amazônia, um elevador panorâmico que levará o visitante até um deck de onde ele poderá contemplar o Encontro das Águas. O preço da obra será de R$ 12 milhões. A construção co­meça em novembro e tem prazo de 18 meses.

A Ponta Negra será toda revi­talizada ao custo de R$ 53 mi­lhões advindos do Governo Fe­deral e de bancos internacio­nais. A obra começa em julho e terá 18 meses para ser executa­da. Na nova área haverá um mi­rante na altura da saída da Avenida do Turismo, com um res­taurante no alto e elevador pa­norâmico. O anfiteatro será todo reformado, bem como as qua­dras que serão dispostas no sentido oposto ao de hoje. A no­va estrutura contempla, ainda, uma praia artificial que permi­tirá o uso do balneário o ano to­do. Novas quadras, estaciona­mentos e paisagismo comple­tam o perímetro.

Desse grupo, a última e mais barata, porém não menos polê­mica, é a construção da Cidade da Criança, um parque temático que se pretende ecológico e edu­cativo. Ao custo de R$ 5,8 mi­lhões, a obra começa em outu­bro e deve ficar pronta em 12 meses. O parque será uma revi­talização do Horto Municipal, no Aleixo, que será dotado de estruturas como biblioteca, cine­ma, labirinto, playground, tri­lhas ecológicas e o forte Apache.

CENTRO DE BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA

Ainda sem identidade jurídica, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) "sobrevive" como po­de, por meio de parcerias que jus­tificam sua criação. O coordenador da instituição na Superinten­dência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Elilde Menezes, explica que cada um dos parceiros possui uma finalidade e "emprestam" sua identidade jurídica para que o centro tenha equipamento receber pelos funcionários e que possa receber pelos serviços que presta. Hoje, o CBA trabalha junto com a Fundação Djalma Batista, Unisol, Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fa­peam) e, recentemente, fechou parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Movimento de Ci­dadania pela Águas. A Unisol e Fundação Djalma Batista respondem pela aquisição de equipamentos para o Centro. "Fazemos um convênio, através da Suframa e listamos nossas ne­cessidades. Essas duas instituições respondem pelos móveis, computadores, laboratórios e outros aparelhos", diz Elilde, lembrando que 90% de sua infra-estrutura física e tecnológica estão funcionando. E 33 das 37 unidades projetadas operam re­gularmente - sendo 23 laborató­rios, cinco unidades de apoio tecnológico, duas unidades de apoio técnico e as quatro áreas administrativas.

Em relação ao pessoal, incluindo bolsistas, a responsabilidade ficou a cargo da Fapeam, vinculada ao governo do Estado. "O pagamento de pessoal é realizado através da Fapeam com recursos disponibilizados pelo Ministério da Ciência e Tecnolo­gia", acrescentou. O CBA conta com 140 profissionais e desses; 19 possuem doutorado e pós-doutorado e 21 são mestres, os demais têm graduação e nível médio. "Os profissionais re­presentam o maior bem do CBA. Maquinário e estrutura física são fáceis de resolver. Agora, mão-de-obra altamente qualifi­cada, com profissionais que são destaque na área em que atuam isso tem um valor inestimável para a instituição e para o Ama­zonas", afirmou.

Dados do CBA Indicam que de 1998, quando foi criado, até dezembro do ano passado, fo­ram alocados R$ 82 milhões no projeto, envolvendo investi­mento em infra-estrutura física, equipamentos e profissionais. A Unisol, primeira a firmar parceria, em 2003, já recebeu R$ 10 milhões do governo fede­ral daquele ano até junho de 2010, segundo Elilde. À Funda­ção Djalma Batista foram R$26,7 milhões, entre 2005 até dezembro de 2010. Para a Fa­peam, a partir de 2004 até ju­nho de 2010, os recursos somam R$ 12,6 milhões. No Orça­mento da União deste ano, os re­cursos dirigidos ao CBA são da ordem de R$ 5 milhões, só que a verba até agora não foi liberada pelo governo federal. O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) tem funcionado como uma extensão da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Sufrana). A autarquia tem sido responsável pela operacionalização das ações que o trouxeram ao estágio atual. Enquanto não possui natureza própria, as operações do CBA são realizadas por intermédio da Suframa.

domingo, maio 23, 2010

JARDIM BOTÂNCIO ADOLPHO DUCKE

Um curso de observação de pás­saros da região amazônica, outro destinado para deficientes visuais ouvirem o canto das aves, uma exposição sobre co­nhecimento tradicional e co­nhecimento científico, informa­ções sobre o encontro das águas, uma trilha para captura o observação de borboletas. Essas são atividades que o Museu Amazônico (Musa) promove no Jardim Botânico Adolpho Ducke com o objetivo de estimular a visitação dos moradores de Manaus ao local.

"O Jardim Botânico está den­tro da maior área de floresta preservada de Manaus, um lu­gar estudado há 40 anos e é, na verdade, o ponto mais conheci­do da Amazônia em termos científicos", diz a assessora do Musa, Marina Ferraz. Estimular a visitação é uma necessidade para desenvolver uma cons­ciência ambiental em relação à floresta numa área que está ca­da vez mais pressionada pela ocupação urbana nas zonas Les­te e Norte. "A idéia é levar as pessoas para que conheçam e vejam como a floresta é algo bom e não algo a ser combatido. Para isso, trabalhamos com di­vulgação científica e a valorização dos saberes tradicionais", completa Marina.

DIVERSÃO E CIÊNCIA

Uma das atrações mais curtidas pelos visitantes, principalmen­te as crianças, é a trilha de bor­boletas. Nela os guias montam armadilhas e disponibilizam um catálogo no qual todos' podem identificar a espécie captu­rada e depois soltá-la. O visitante também tem a oportunidade de conhecer uma exposição com informações científicas so­bre o Encontro das Águas e a re­gião de Manaus. São informa­ções que vão desde o tipo de pei­xes encontrados na junção, dos rios Negro e Solimões, a dife­rença das águas, até peças ar­queológicas inéditas de tribos que viveram ou vivem em Ma naus. Marina lembra que a ex­posição foi feita pela primeira vez na reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) do ano passado e, desde janeiro, está em caráter permanente no Jardim.

Aos domingos, a partir das 8h, as crianças podem partici­par de um "clubinho" de obser­vação de aves. Elas pegam binó­culos e entram na mata para ob­servar, identificar e ouvir o can­to das aves. Tudo isso coma su­pervisão de guias e monitores que depois as levam para uma atividade especial. Dentre estas tem o grupo de "contação de his­tória". O monitor escolhe um te­ma relacionado ao que elas vi­ram durante a visitação, conta uma história e desenvolve uma atividade, que pode ser pintura, teatro ou música.


A visita ao Jardim Botânico, além de representar mais co­nhecimento, é também certeza de diversão.

sábado, maio 15, 2010

MARKETING ESPORTIVO NO FUTEBOL - Bom de bola, ruim de negócio.



Dentro de campo, a supremacia é in­questionável: o Brasil foi o único país que disputou todas as Copas do Mundo, tema seleção que levantou a taça o maior número de vezes cinco e está sempre encabeçando o ranking mundial da Fifa. Temido pelos adversários com a bola em jogo, o futebol brasileiro é bem mais modesto longe dos gramados. Em termos de aproveita­mento do esporte como atividade econômica, o Brasil ainda está na segunda divisão: 71% dos clubes brasileiros tiveram prejuízo em 2008, as dívidas acumuladas somam cerca de 2,3 bilhões de reais e a receita dos principais clubes brasi­leiros equivale ao faturamento do Real Madrid sozinho. Lá fora, os principais clubes da Europa viraram empresas, algumas cotadas em bolsa, e movimentam centenas de milhões de dólares. Por aqui, a maioria ainda é tocada na base do amor à camisa. "Em uma frase: falta capitalismo ao futebol brasileiro", diz Robson Calil, sócio da consultoria Deloitte e responsável pelos pro­jetos da Copa do Mundo de 2014.


A dificuldade de aproveitar o potencial eco­nômico do futebol no Brasil começa no degrau mais baixo a gestão dos clubes. Os times brasileiros são associações sem fins lucrativos, cujo comando não é profissionalizado. Quem conduz a administração são dirigentes voluntá­rios, que não recebem remuneração e, por isso, dividem seu tempo com outras atividades pro­fissionais. Com uma gestão descuidada no cam­po financeiro, a maioria não consegue transfor­mar o bom futebol em um negócio atrativo. Mesmo as receitas mais óbvias, como as de bi­lheteria, não são bem exploradas. A segurança precária nos estádios afugenta as famílias, a de­sorganização dificulta o acesso dos torcedores assíduos e a escassez de camarotes e assentos de melhor padrão impossibilita a cobrança de ingressos de alto valor. O resultado é a baixa ocupação dos estádios brasileiros: em média, cada partida do Campeonato Brasileiro recebe 17.500 torcedores pouco mais de um terço do público nos campeonatos da Europa.


Os consecutivos anos de má gestão e de resul­tados no vermelho deixaram para os clubes uma herança difícil de driblar com acúmulo de passi­vos fiscais e trabalhistas. Alguns times, como o Flamengo, chegam a ter uma dívida duas vezes maior do que sua receita anual. Comas contas apertadas, os clubes recorrem àquela que é a prin­cipal fonte de financiamento do futebol brasilei­ro: a venda de jogadores. Dados da Casual Audi­tores Independentes, auditoria paulista especiali­zada em clubes de futebol, mostram que a renda obtida pelos principais times brasileiros com a negociação de atletas em 2008 chegou a 397 mi­lhões de reais, quase um terço da arrecadação total. "Os clubes aqui só conseguem sobreviver se vendem jogadores", diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras.


Pior para o torcedor, que tem de assistir pela televisão ao sucesso de seus craques lá fora. A necessidade de vender atletas para recompor o caixa fez do Brasil a maior usina de formação de jogadores no mundo a venda para o exterior ultrapassa a casa dos 1.000 atletas por ano. Nos campeonatos europeus, os brasileiros lideram o ranking das nacionalidades, com mais de 500 jogadores profissionais em campo à frente de França e Portugal, por exemplo.


O Brasil já ex­portou atletas para os gramados mais remotos como a ilha mediterrânea de Chipre e a ex-repú­blica soviética do Azerbaijão. Há um subprodu­to interessante da posição de fornecedor oficial de jogadores: a migração constante de atletas acaba criando mais espaço para o desenvolvi­mento de novos craques internamente. O que hoje é uma salvação para as finanças dos clubes, no entanto, poderia ser uma verdadeira máquina de captação se fosse feito com maior planejamen­to. Como precisam de dinheiro imediato, os times costumam vender para investidores locais parti­cipações minoritárias nos direitos econômicos dos jogadores antes mesmo de eles se tomarem alvo de ofertas.


Quando o jogador fica conhecido e é arrematado por outra equipe, os clubes levam uma fatia menor da bolada. "Se os times estives­sem mais fortalecidos financeiramente, não pre­cisariam se desfazer de seus jogadores em um estágio tão inicial", diz o empresário Giuseppe Dioguardi, agente da Fifa que investe em parti­cipações de jogadores brasileiros.


No mercado internacional, principalmente na Europa a realidade é bastante diferente. A maio­ria dos clubes funciona como empresa, com me­tas e gestão profissionalizada. Os estádios ganha­ram feições de shopping center, com lojas e res­taurantes, e possuem áreas vip para reuniões de executivos. Uma das referências é o inglês Man­chester United, que há seis anos lidera a lista dos times mais valiosos do mundo, segundo a revista americana Forbes. Avaliado em 1,9 bilhão de dólares, o clube é visto pelos especialistas como exemplo de diversificação de receitas e de bom uso da marca, que atrai torcedores e consumido­res de todo o mundo. Pelo site do Manchester, é possível comprar ingressos sem filas, adquirir camisetas e acessórios do time e contratar servi­ços financeiros, como cartões de crédito e segu­ros. "Lá fora, os clubes têm uma visão comercial desenvolvida, ao contrário do que acontece no Brasil", diz Felix Álvares Garmon, vice-presi­dente da IMG, uma das maiores agências de marketing esportivo do mundo.

É CRIME DEFENDER O DINHEIRO DO POVO?


Mais uma vez tentam me jogar contra parte da sociedade, dizendo mentirosamente que sou contra a Copa em Manaus e contra a constru­ção do novo estádio. Tudo mentira. Por isso quero explicar esse assunto de uma vez por todas. Em primeiro lugar, sou a fa­vor da Copa em Manaus. Em segundo lugar, sou a favor da construção da Arena Multiu­so. Em terceiro lugar, defendo a idéia de que é possível cons­truir a Arena, sem derrubar o Vivaldão.


Vou explicar. Com um exemplo simples. O de al­guém que já possui uma casa, mas quer construir uma nova moradia. Ele tem duas alter­nativas. Uma delas é derrubar a casa atual e, no lugar dela, construir uma nova. A segun­da hipótese é reformar e am­pliar a casa antiga, transformando-a numa nova. Neste caso, aproveitando a estrutu­ra já existente.


Este é o caso que estamos analisando. O engenheiro Je­rônimo Maranhão nos mos­trou que é possível construir a Arena Multiuso sem derrubar o Vivaldão. Isto significa apro­veitar a construção já existen­te e ampliá-la, usando uma tecnologia moderna de cons­trução civil, com módulos de aço e cimento armado.


Construir o novo estádio, sem derrubar o atual, repre­senta uma economia de mais de R$ 200 milhões. Além dis­so, pode diminuir o prazo de entrega da obra em mais de um ano. Essas são as afirma­ções do engenheiro Jerônimo Maranhão, que desafia ou­tros engenheiros e arquitetos a desmenti-lo. Nenhum pro­fissional da área se manifes­tou contra sua idéia.


Sim, é possível construir a Arena Multiuso, o novo e moderno estádio de futebol para a Copa, no mesmo lu­gar do Vivaldão, sem derru­bá-lo. E isso só ajuda a man­ter Manaus como um dos lu­gares da Copa de 2014, por­que diminui o dinheiro e o tempo para executar a obra do novo estádio.


É crime defender a econo­mia de dinheiro, que poderia ser aplicado em saúde, educa­ção, transporte e também no próprio esporte para nossa ju­ventude?


A idéia que defendemos só ajuda o projeto aprovado pela Fifa! Será que incomodo por­que contrario interesses escu­sos, de gente que não respei­ta a inteligência nem o bolso do cidadão?


Tenho de cumprir meu dever. Não sou pago para men­tir, nem para me omitir. Tenho o dever de fiscalizar e falar a verdade. “Doa a quem doer”.


Luiz Castro, Deputado Estadual pelo PPS.


Fonte: Jornal Dez Minutos, Página 2(dois) Política, 15 de Maio de 2010.


quinta-feira, maio 13, 2010

ESPORTE, AVENTURA E NATUREZA


O praticante e a responsabilidade ambiental

O meio ambiente tem sido alvo de preocupação de diversas áreas do conhecimento por sua utilização indiscriminada. À medida que os esportes de aventura na natureza passam a expandir-se, a atenção de diferentes setores, econômicos, sociais e ambientais, começa a ser despertada para usufruir da atividade. No entanto, a disseminação dessas atividades necessita de um acompanhamento para que estas não ocorram de forma desordenada e prejudiquem a conservação dos recursos naturais, e deve induzira reflexão sobre a responsabilidade individual perante o ambiente nos momentos de lazer.

Não existe uma única forma de lazer, tampouco uma única função para realizá-lo; as escolhas implicam uma gama de motivações que levam o homem a buscar diferentes opções de acordo com a sua necessidade e expectativa. De forma geral, as pessoas viajam, entre outros motivos, em busca de descanso, diversão, fuga de sua rotina diária e atendimento às demandas pessoais, suprindo o vazio criado pela forma de trabalho do mundo industrializado e capitalista.

O homem trabalha para sua sobrevivência e desfruta do lazer em seu tempo livre como condição necessária à vida humana, embora a maneira de apropriação desse tempo de trabalho e de não trabalho seja diferente nas diversas épocas históricas, estando esta divisão e utilização do tempo livre subordinadas à cultura e aos pensamentos vigentes. A compreensão do binômio homem-atividade de lazer envolve as inter-relações e influências que acontecem no espaço social em que as atividades se desenvolvem, principalmente em se tratando do meio ambiente e do porquê da procura intensa por esses locais.

É neste contexto que a procura pelos ambientes naturais entra em evidência, contribuindo para a ampliação das áreas de turismo e esporte, relacionadas à natureza, quais sejam, turismo de aventura (TA) e esporte de aventura (EA). Entender e explicar a relação do homem com a natureza é um desafio para os estudiosos, pois identificar os meandros de onde começa e onde termina essa relação aquece discussões nos diferentes campos epistemológicos na intenção de compreender os vínculos históricos e culturalmente constituídos.

Em vista dessa expansão, torna-se premente a discussão referente à responsabilidade ambiental dos indivíduos, já que a postura adotada diante dos ambientes onde as práticas de aventura se desenvolvem afetará em maior ou menor escala os recursos naturais envolvidos na atividade, por meio dos possíveis impactos nas diferentes dimensões. Diante disso, abordam-se questionamentos quanto às atitudes que são e/ou podem ser adotadas para possibilitar a ampliação e sustentabilidade ambiental dessas atividades.

PARABÉNS BLOGUEIROS

Analisando os dados contidos nesse instrumento, pode-se identificar as mais variadas atividades voltadas para a recreação e o lazer na cidade de Manaus, como também, nas cidades do interior do Amazonas. O esforço feito para nascer foi apenas uma pequena amostra daquele que precisou se desenvolver para não sucumbir diante da concorrência, no entanto, ao chegar em 10.000 (dez mil) edições, só temos que comemorar com todos vocês: alunos, amigos, professores, companheiros, admiradores e por que não falar dos blogueiros. A estrada é longa, e o caminho que temos para percorrer é bastante acidentado em se tratando de Políticas Públicas de Esporte e Lazer nas cidades da Amazônia. No entanto, aguardem o site que esta sendo providenciado com a mesma temática do Blog, partindo da inquietude por respostas relacionadas à busca da autonomia esportiva e de lazer dos cidadãos brasileiros, dentre as distintas ações programáticas do projeto social que é o papel do Estado, nem sempre cumprido por homens públicos ou também por profissionais que abração esta temática. Parabéns para vocês, grato por tudo.


A DEMOLIÇÃO DO ESTÁDIO VIVALDO LIMA

Não entendo o porquê da demolição do Estádio Vivaldo Lima, conhecido como “Vivaldão” sigo o pensamento do brilhante jornalista Juca Kfouri da folha de são Paulo. Sobre a construção de Estádios para a copa de 2014, diz o jornalista: “nem em Barcelona, onde a seleção Brasileira jogou, havia estádios novos. Nem em Madri, palco da final. No México, em 1986, a mesma coisa: nenhum Estádio novo. Já na Itália em 1990, teve um, Turim, Os Estados Unidos, no País mais rico do mundo, em 1994, também, sendo que o Brasil jogou no Estádio Universitário de Stanford, em Campos de Futebol Americano adaptados para o futebol. Na frança, em 1998, de novo apenas o State de France, no subúrbio de Paris, mas o Parque dos Príncipes foi usado, jogou-lhe, alias, até no velho campo de Marselhe, construído para a copa de 1938!”

Após criticar a orgia de gastos em locais que serão usados, no máximo para receber, três jogos da copa, evento que dura um mês, indaga: Precisamos mesmo de novos Estádios ou de um mínimo de transparências e vergonha na cara?”

Trazendo a situação para Manaus, vende-se o absurdo de propostas de demolição do Estádio Vivaldo Lima, para a construção no local de um novo Estádio. Não têm sentindo, pois o velho campo, ainda pode servir muito bem. Feitas as necessárias adaptações. Vários clubes de futebol do município não têm se quer campo para treinamento, tais como: Rio Negro, Sulamérica, América, Libermorro, dentre outros, todavia porque não pensam nesta hipótese. Mas, admitindo-se as idéia, porque não se edifica o projeto em outro local, mantendo-se, o atual, que serviria para o treinamento das equipes. Por exemplo, na Zona Norte da Cidade mais precisamente na Cidade Nova, ou então do outro lado do rio, com vista para a cidade e seu belo entorno, fato que talvez justificasse um pouco o empreendimento da ponte, que vai do nada pra lugar nenhum, sem a menor razão econômica, para talvez justificar a tal região a metropolitana.

O historiador Hilário Franco Júnior em seu livro intitulado: A Dança dos Deuses: Futebol, Sociedade e Cultura. (Companhia das Letras-2007), onde o autor argumenta sem limites, porém, fazendo uma análise histórica entendendo que “o futebol é metáfora de cada um dos planos essenciais do viver humano nas condições históricas e existenciais das últimas décadas.” Nesse sentido, procura examinar aquele esporte como metáfora sociológica, antropológica, religiosa, psicológica e lingüística. Somos levados a pensar, por exemplo, sobre os diferentes usos políticos do futebol, seja por regimes autoritários ou democráticos, tanto uns quanto outros sempre abraçados ao nacionalismo.

Mas prevalece a megalomania cabocla, em cima de interesses nem sempre confessáveis e confiáveis. A nova arena, depois do Mundial, ficará aí, faraônica e vazia, como somos ricos, mais que os americanos, que não fizeram um estádio para receber o mesmo evento, e como já resolvemos todos os nossos problemas de: Educação, infra-estrutura, saúde, produção, transporte e saneamento, pouco importa.

Em estudo intitulado: Vitrine ou vidraça: desafios do Brasil para a Copa de 2014, publicado no dia 02 de junho, o SINAENCOSindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Construtiva, alertando para a possibilidade de a copa agir como lupa para os defeitos estruturais do País. A avaliação toma Barcelona, na Espanha, como parâmetro positivo. Com recursos de 20 bilhões de dólares, a cidade foi totalmente remodelada a partir de diversas intervenções urbanas e revitalizações de equipamentos que precedem os Jogos Olímpicos de 1992. O parâmetro negativo está no próprio Brasil na preparação da cidade do Rio de Janeiro para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Apesar de dispor de recursos bastante inferiores ao de Barcelona, o planejamento priorizou a construção de novos equipamentos mesmo quando havia possibilidade de adequação dos já existentes. Dessa maneira, os investimentos, de 3,6 bilhões de reais não se convertem em um legado de infra-estrutura urbana ou de benefícios para suprir as demandas diárias da população.

A referência mais significativa do insucesso da investida carioca é o estádio João Havelange, mais conhecido como Engenhão e erguido especialmente para o Pan de 2007 no bairro de Engenho de Dentro, na zona norte do Rio. O equipamento custou cerca de 380 milhões de reais, quase o dobro dos 200 milhões de reais previstos inicialmente, e sua construção não trouxe a prometida revitalização do bairro. Pelo contrário, a obra para degradação do entrono decorrente de sua implantação e ainda pela ociosidade a que está sujeita na maior parte do tempo – o estádio é usado somente para grandes jogos e permanece fechado para a comunidade carente de equipamentos para a prática de esportes e lazer. Somos campeões em tudo, haja subdesenvolvimento explícito, como a festa de comemoração que demonstrou, com direito a banda de música, socos no ar e espasmos incontroláveis por parte de organizadores. É demais para o coração hipertenso de um simples mortal.

segunda-feira, maio 10, 2010

UMA COMUNIDADE CHAMADA DE PURAQUEQUARA

Local ímpar, por que não chamar também de Colônia de Pescadores, esta comunidade rural fica na zona Leste de Manaus, neste local ainda é possível desfrutar da natureza e saborear a beleza da cozinha amazônida, com os saborosos peixes: Tambaqui, Pacu, Aracú, Jaraqui, Piranha, dentre outros que são pescado no lago de mesmo nome.
Este Puraquequara também é um local propício para a prática desportiva em contato com a natureza, tais como: caminhada, canoagem, remo, pescaria esportiva, natação, rafiting, arvorismo e o famoso futebol no final da tarde nos campos comunitários.
Não podemos também esquecer as frutas saborosas da Amazônia e que também são comuns nesta comunidade, como o: Cajá, Biriba, Abil, Goiaba, manga, Ingá, Murici, Açai, Buriti, tucumã e por que não falar no Cupuaçu, são frutas com cheiros e aromas deste pedaço do Brasil inigualável.
A comunidade de Puraquequara surgiu na primeira década do século XX, formada inicialmente por 23 famílias ribeirinhas que se instalaram nas margens do rio Amazonas, vindas das calhas dos rios Madeira, Purus e Juruá. A principal atividade dos moradores na época era a pesca, o corte de madeira e agricultura de subsistência. A primeira vila veio se formar inicialmente na margem do rio Amazonas, com o aumento de moradores, na maioria em busca de atividades alternativas de sobrevivência após o declínio do comércio da borracha, por volta de 1918.
 Com o crescimento da comunidade, a atividade econômica principal passou a ser a produção de farinha de mandioca e carvão vegetal, além da pesca de subsistência. Os primeiros habitantes que chegaram ao local foram os das famílias Barroso e Matos. O nome Puraquequara vem de um peixe chamado poraquê, também chamado de enguia-de-água-doce. Para se alimentar, o peixe dá pequenos choques elétricos nas árvores, e come os frutos que caem delas. Literalmente, Puraquequara significa Morada do Poraquê.
O leito do rio Amazonas passou a ser morada dos habitantes de Puraquequara durante as quatro décadas seguintes. A ligação com a cidade de Manaus era feita somente através de barco, onde os moradores iam para vender sua produção de carvão e farinha. No entanto, o local não era uma região muito segura para se habitar, devido às enchentes regulares do rio e o consequente fenômeno da terra-caída, que destruía as margens onde a vila estava assentada. Crianças foram levadas pela correnteza, e a situação se tornou insustentável na enchente de 1953, quando a alta das águas do Amazonas destruiu casas e arruinou boa parte da vila. A partir daquele ano, as 50 famílias que habitavam a comunidade de Puraquequara foram obrigadas a se mudar da margem do rio Amazonas para uma terra segura, dentro do lago, distante cerca de um quilômetro da antiga vila. Lá, os moradores permanecem até hoje. As terras da várzea foram utilizadas somente para o plantio da mandioca, frutas e hortaliças.
 Em Puraquequara já havia uma escola desde 1935, localizada na antiga várzea e batizada de escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, e funcionava na residência da professora Maria Borges de Souza. Em 1940 a escola ficou sem funcionar por falta de professores, até o ano de 1957, quando foi reformada e passou a se chamar escola Sergio Pessoa Neto, em homenagem ao deputado que colaborou com a sua reabertura. Na escola se ensinava a alfabetização e o ensino fundamental (1ª a 4ª séries) aos filhos dos moradores. No início de 1968 a escola sofreu uma segunda reforma, sendo reinaugurada no dia 3 de agosto do mesmo ano, recebendo então o atual nome de Escola Municipal São Sebastião, em homenagem ao padroeiro de Puraquequara. Mas a gestão da escola passou para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) somente a partir de 1972, durante a gestão do prefeito Frank Abrahim Lima.
O progresso de Puraquequara começa a se impulsionar a partir de 1968, com a chegada da irmã Gabriele Gurgel, nascida da Bélgica e personalidade histórica da comunidade. Graças à missionária foi erguida na vila atual, no início da década de 1970, em regime de mutirão, o Centro Social Comunitário. O centro já existia na região da várzea, mas sua localização mudou para a atual devido à enchente do ano de 1972.
 O ambulatório médico, que fez os primeiros atendimentos à saúde dos moradores também foi obra da irmã Gabriele Gurgel, contribuindo muito para a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Assim como a primeira igreja, batizada de igreja Maria Mãe dos Pobres. Antes da construção da igreja, as missas eram realizadas na sede do centro social, que guarda ainda hoje documentos históricos, como certidões de batismo e casamentos dos moradores da comunidade.
 Nos festejos do padroeiro da comunidade, realizados todo dia 20 de janeiro, Puraquequara recebia diversos visitantes que vinham de barco para participar das comemorações em homenagem a São Sebastião. A irmã lutou por melhoria ao Puraquequara e foi a principal responsável pela abertura da estrada que liga ao restante da cidade. Na década 1990, a comunidade cresceu novamente, com a implantação pela prefeitura de um assentamento onde foram instaladas 300 novas famílias. As obras de pavimentação começaram em 28 de agosto de 1990 e foram concluídas no mesmo ano. A partir de então, a comunidade ganhou o reconhecimento de bairro e está registrada na Lei 671/02 do Plano Diretor do Município, em seu artigo 44.
Meio Ambiente Puraquequara também se elevou à categoria de Área de Preservação Ambiental, com lei específica contra a ação de desmatamento. Em reconhecimento ao esforço da religiosa e dos moradores, a prefeitura inicia no dia 16 de setembro de 1996 o asfaltamento da estrada, que facilitou o acesso ao local e aumentou consideravelmente a população do bairro. No ano seguinte, em 1997, o bairro entra no processo de urbanização, com asfaltamento de várias ruas, entre elas as ruas São Sebastião, Santa Maria e da Paz.
O peixe gera renda no Puraquequara, por ser uma Colônia de pescadores e hoje tem cerca de 20 mil habitantes, segundo estimativa do presidente do bairro, Antonio Leitão. Com relação à sua infra-estrutura, o bairro conta com cinco igrejas evangélicas, além de duas católicas, uma agência dos Correios e um campo de futebol, o Mario Paes.
O bairro também possui a escola municipal São Sebastião, com o ensino fundamental. Muitos alunos querem completar o estudos, mas não têm como que se deslocar para outros bairros e, desestimulados, param de estudar.  Somente em agora em 2010 que a Secretaria Estadual de Educação e Cultura – SEDUC, construiu a Escola para o Ensino Médio.
 As atividades geradoras de renda são basicamente a pesca, a agricultura, o comércio e o funcionalismo público estadual e municipal. Existem restaurantes, lanchonetes, bares, mercadinhos, além do comércio ambulante, que ocorre na feirinha próxima à escola São Sebastião, de produtos artesanais feitos pelos moradores. A pesca ocorre atualmente com a criação de peixes em cativeiros, que agride menos ao meio ambiente aquático.
Para incentivar o esporte, funciona no bairro o projeto Canoa Brasil, que conta com a participação de cem alunos moradores do local, apoiado pela Federação Amazonense de Canoagem e o Governo Federal. Este projeto foi idealizado pelo professor Marcelo da Luz, atual presidente da federação e supervisor do Canoa Brasil, que conta com cem alunos que recebem orientação de três professores estagiários. As aulas acontecem todas as manhãs, durante três dias na semana. Também ocorre na escola municipal o Programa Segundo Tempo do Governo Federal voltado para a prática de Esporte e lazer, além do Programa Escola Aberta e Programa Mais Educação, ambos mantidos pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC.
Turismo em alta A grande atividade geradora de renda em Puraquequara é o turismo. Por sua localização dentro da floresta e seu afastamento do Centro da cidade, o bairro recebe vários turistas todo final de semana. Os principais pontos turísticos do local são o lago de Puraquequara, a ilha da Fantasia, o Remanso do Boto, a Cachoeira Grande, o parque zoobotânico, área de preservação ambiental privada, o hotel da selva, além de uma diversidade de árvores típicas, como sumaumeira, tucumãzeiros e castanheiras. Na época da cheia do rio Amazonas, que cobre o lago de Puraquequara e vai de janeiro a julho, a comunidade recebe cerca de cinco mil turistas semanalmente. O principal hotel de recepção de Puraquequara é o hotel do Porto da Ilha da Fantasia. Erguido numa estrutura de madeira de dez metros de altura sobre o leito do lago, o hotel tem pequenos chalés ao ar livre, batizados com nomes de intelectuais, jornalistas e arquitetos e é interligados por caminhos de madeira, que proporcionam uma vista panorâmica de toda a região. Os turistas podem trazer sua alimentação e armarem suas redes sob a cobertura dos chalés. O hotel fornece a infra- estrutura para porporcionar o melhor conforto ao turista. O hotel também organiza roteiros turísticos durante a cheia do rio. Existe hoje quatro rotas que os visitantes podem conhecer, todas dentro da floresta.

PROJETOS ALARMANTES E ESCANDALOSOS



Quando escolheram Manaus como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, considerei aquilo como uma meta para a cidade superar seus principais problemas, bastando atender as exigências da FIFA. A capital amazonense, embora uma das mais ricas do país, com um orçamento municipal maior que, de muitas capitais brasileiras melhores estruturadas do ponto de vista urbano, estava rapidamente resvalando para a indigência, alimentando os índices de atraso nas estatísticas oficiais do Brasil. E sem a Copa, e  investimento que eventos desse porte acaba carreando, não havia nenhuma outra, possibilidade de reverter o processo de degradação. Mas os projetos que até agora foram apresentados publicamente aqui são no mínimo alarmantes e escandalosos. Não tenho, simpatia pelo Vivaldão, acho até que o Severiano Mario Porto deveria excluir de seu currículo.
O Vivaldão é o Teatro Amazonas da Ditadura Militar, produto da era Médici, que espalhou mostrengos desse tipo pelos estados. Nunca teve uso verdadeiro, já que futebol aqui não tem público. Ter estádio, no entanto, é condição para recebermos a Copa, que fazer? Pena que o projeto da Arena da Amazônia ainda é mais patético que o Vivaldão, no seu plágio explícito do "Ninho de Pássaros" de Beijing. E eu me pergunto; porque Manaus tem de sofrer com a pior mais medíocre arquitetura que se construídos pelo governo estadual, bem como o Centro Cultural dos Povos Amazônicos, por e  exemplo, mais parecem postos de gasolina com elefantíase.
São pesados; agressivos, com aquela de ferro pendendo sobre as cabeça dos freqüentadores. E os arquitetos  que perpetraram tal abominação, deixaram explícita a própria ignorância crassa, já que entregaram salas de dança de pé direito baixo e teatros sem coxias e camarins. Nem sei onde o governo foi encontrar esses imbecis. Falo de arquitetura porque a monotrilho também ameaça ser um péssimo exemplo.
Este, Além de propor um trajeto que se executado vai destruir uma parte substancial da memória da cidade, o que não vamos aceitar, também padece da mesma síndrome do posto de gasolina. As estações são absolutamente horrendas. Um telhado curvo que deve ter sido inspirado no nojento mafuá que a administração Alfredo Nascimento criou na Constantino Nery, parece querer esconder o desprezo que os arquitetos têm pelos usuários. Os trens correrão numa pista elevada, e o acesso será através de rampas em elipses, verdadeiros calvários para os cadeirantes e idosos, nada de escadas rolantes ou elevadores. O pior é que essas estruturas grotescas serão espalhadas ao longo do trajeto do monotrilho, multiplicando o escárnio contra as boas soluções arquitetônicas. É notório que elevados desse tipo, por onde passam, degradam os arredores, como aconteceu com o Minhocão do Maluf, em São Paulo. O rasgo do trajeto do monotrilho provocará feridas graves numa malha urbana já degradada pela leniência da Prefeitura.
Os proprietários de imóveis nas imediações do monotrilho que prestem atenção. Na verdade qualquer sistema de transporte de massas não deveria atingir mais o centro histórico de Manaus. O centro poderia ser restaurado, e sua atividade econômica redirecionada. O comércio atacadista que atende o interior do estado seria mantido, mas no centro restaurado seria estimulado o comércio de serviço e de entretenimento. É uma pena como a questão da Copa está sendo conduzida.
A arquitetura tem servido para valorizar cidades na Europa, como Bilbao, na Espanha, com o seu museu. Aqui, é praticada para avacalhar mais a cidade. O projeto do monotrilho agride duplamente nosso patrimônio, é feio e ainda quer demolir nossos velhos casarões. Nenhum amazonense pode aceitar isso passivamente.


Texto de Márcio Souza, 
Capital do Mormaço, 
Manaus, Domingo 09 de Maio de 2010.






EDUCAÇÃO: A DISTÂNCIA OU SEM DISTÂNCIA?


Historicamente a educação a distância (EaD) tem sido tratada como uma modalidade diferente de educação, em contraposição à educação dita "convencional", ou "presencial" Simonson1 apresenta diversas definições e teorias para EaD, assim como um breve histórico, sempre enfatizando a separação geográfica entre aluno e professor. Keegan2 mostra uma vasta lista de defini­ções para EaD e chega a identificar uma nova modalidade de educação, que denomina "educação virtual", a qual considera diferente de EaD.
A separação da educação em duas modalidades não necessariamente contribui para o seu avanço. De fato há diferenças na forma, nos requi­sitos e nos métodos entre uma aprendizagem desenvolvida em uma sala de aula tradicional e aquela realizada sem contato presencial do aluno com professores e colegas. Mas também há diferenças entre, por exem­plo, aulas expositivas, atividades práticas em laboratório e dinâmicas de grupo. Nem por isso se cogita a criação de "educação expositiva", "educação laborativa" ou "educação dinâmica" A especificação do método é mais apropriada quando nos referimos a uma determinada atividade de aprendizagem dentro de um programa, mas em geral não é adequado que um curso inteiro se baseie numa única forma de estudo, sendo mais conveniente que haja uma mescla harmoniosa de diversas técnicas e mé­todos. Nesse sentido, Romiszowski3 afirma que:
[...I as decisões de planejamento em termos de se é melhor usar meto­dologias para aprendizagem presencial ou a distância, são mais apro­priadas quando tomadas no nível "micro" de planejamento específico de atividades de aprendizagem para um curso, ao invés do nível "ma­cro" em termos de decidir se um determinado curso deveria ser ofereci­do a distância ou modo convencional.
Ao se empregar o conceito de "aprendizagem',' que coloca o aluno no centro do processo, em lugar de "ensino" que remete o foco ao professor e à escola, fica mais fácil perceber que a educação ultrapassa os limites físicos da chamada "escola tradicional" Esta, a bem da verdade, sempre se utilizou da aprendizagem "a distância", ainda que sob outras denomina utilizou da aprendizagem   "a distância", tais como "lição de casa" ou "trabalho extraclasse",
Também não considero adequada a contraposição entre "educação a distância" e "educação presencial': Assim como um aluno pode se ausen­tar psicologicamente do assunto tratado pelo professor em sala de aula, é possível que esse mesmo estudante se mostre presente e envolvido em interações e bate-papos via internet. Há casos em que interações on-line a distância, via rede, acabam por aumentar a empatia e a intimidade entre colegas que, mesmo freqüentando aulas sob o mesmo teto, mal se conhe­ciam. Nessas circunstâncias poderíamos dizer que a atividade desenvolvida a distância ajudou a aproximá-los.
A aproximação (do aluno com o conteúdo, do aluno com o profes­sor ou do aluno com os colegas de aprendizagem) é condição necessária, ainda que não suficiente, para que ocorra aprendizagem. Assim sendo, "aprendizagem a distância" soa como um paradoxo. A maneira mais ób­via de eliminar tal barreira é colocar os protagonistas em um mesmo es­paço físico, mas não é a única. Os meios de comunicação e as tecnologias interativas, dos correios à telepresença, também podem aproximar, com menor custo e com maior eficiência.
A aprendizagem através das redes eletrônicas esta prestes a completar 03 (três) décadas de experiência prática, mas o constante surgimento de novas tecnologias, bem como de novas formas de lidar com a informação e o conhecimento, tem dificultado um “padrão dominante” desta abordagem educacional. Este estudo apresenta esses conteúdos de maneiras a provocar polemicas e discussões entre especialistas da tecnologia da informação, da engenharia de produção, da educação e do treinamento dentre outros.
Essas novas tecnologias interativas, por que não chamar de Sistema Presencial Mediado por Tecnologia é que a Universidade do Estado do Amazonas através de sua plataforma de IPTV leva conhecimento para o interior da Amazônia nos seus 62 municípios, através dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, Matemática, Sistema da Informação e agora mais recentemente a Educação Indígena, criando a obrigação, por parte de todos, de repensar a aprendizagem convencional e tradicional.
1M. Simonson et al., Teacbing and Learning at a Distante (Nova Jersey: Prentice Hall, 2000).
2D. Keegan, Foundations of Distance Education (3a ed. Nova York: Routledge, 1996).
3A.J. Romiszowski, Revista Brasileira de Educação a Distância. 1 (2), 2002, disponível em http://www. abed.org.br. Acesso em 13/2/2003.

PENAROL CAMPEÃO AMAZONENSE DE FUTEBOL 2010


O Com um gol de pênalti marcado por Fininho, na etapa complementar, o Penarol conquistou o título do Campeonato Amazonense em final emocionante contra o Fast, no cam­po do Clube do Trabalhador/Sesi, ontem. A equipe fastiana lutou até o fim para surpreender o favorito, mas o Leão da Velha Serpa, dono da melhor campanha da competição, sagrou-se campeão como placar de 1 a O tanto no jogo de ida quanto no de volta da decisão. Foi o primeiro titulo da equipe de Itacoatiara em 63 anos de história.
Os torcedores que lotaram o es­tádio assistiram a um jogo digno de final de campeonato. Com a necessidade de vencer por dois gols de diferença, o Fast iniciou a partida pressionando o adversário. Durante o primeiro tempo, o Fast exagerou nos escanteios. A idéia era tentar jogada de bola aérea. Claylson e Marinélson eram a esperança do Rolo Compressor. Porém, o arqueiro André Luiz segurava todas. Ainda na primeira etapa, aos 29 minutos, o técnico Aderbal Lana, inconformado coma falta de criação do meio de campo, trocou He-man por Maués. Com a mudança, o Rolo Compres­sor, obteve outras chances de gol, mas sem êxito.
No segundo tempo, o meio-cam­po do Fast, como avanço gradual, cedeu espaços à equipe do Penarol, que passou a trocar de passes e ligar contra-ataques. Charles e Felipe formaram uma verdadeira dupla dinâmica. Infernizaram o sistema defensivo tricolor.
O Penarol estava na boa. Espe­rando o momento certo e liquidar o jogo. E não deu outra. O gol do Penarol, marcado por Fininho de pênalti aos 30 minutos, saiu de uma jogada da direita pelo atacan­te Felipe, que roubou a bola em lateral e, em velocidade, invadiu a área, mas acabou sofrendo pênalti cometido pelo zagueiro Kauê. Com o placara favor, o Penarol equilibrou a partida. Nos minutos finais, o Fast pressionou, no entanto o defensor Cristóvão e o André Luis, em lances sucessivos, salvaram o Penarol que soube resistir à pressão e conquistar o sonhado e merecido titulo.
DESEMPENHO
O Dono da melhor campanha nos dois turnos - 30 pontos contra 24 pontos do Fast, o clube da Velha Serpa ainda teve como seu desta­que o artilheiro do campeonato, o jovem atacante Charles, de apenas 22 anos. "Foi um trabalho coletivo e com as orientações de Adinamar, conseguimos o êxito. A artilharia foi consequência dos treinamentos", disse Charles, autor de 11 gols na competição. Para o técnico Adina­mar Abib, o título só foi possível graças à dedicação dos atletas e o comprometimento do povo itacoa­tiarense como clube. "Fizemos tudo pelo apoio e estrutura oferecida à comissão técnica e aos jogadores". Com o titulo, o Penarol tem direito de representar o Amazonas na Série D do Brasileiro de 2011. Em 2010, a vaga já é do América, campeão estadual de 2009. Penarol e o Fast já estão na Copa do Brasil de 2010.