Ao longo da história, as praças sempre serviram de ponto de encontro para os moradores das cidades, verdadeiros espaços públicos de convivência. Sua origem está vinculada às ágoras da Grécia – centros comerciais, administrativos e políticos das antigas polis gregas, onde eram discutidos assuntos importantes para a vida dos cidadãos. Das ágoras, derivaram o fórum imperial romano e as grandes piazze e praças das principais cidades européias.
No Brasil, as praças começaram a surgir no entorno das igrejas. As residências mais suntuosas, os prédios públicos mais relevantes, os principais estabelecimentos comerciais, tudo era construído próximo a esses logradouros públicos que serviam, também, de elo entre a comunidade as paróquias.
No caso de Manaus, a primeira praça publica localizava-se nas proximidades da antiga igreja Matriz de Nossa senhora da Conceição e do Fortin de São Jose da Barra do Rio Negro, marco inicial da ocupação da cidade.
As transformações urbanísticas de uma cidade espelham claramente as mudanças efetuadas na sociedade ali instalada e a história das praças de Manaus é um exemplo claro, dessa afirmação. Apesar de os admiradores manifestarem algumas preocupações com as praças, arborização e calcamento de ruas e calcadas desde a época imperial, pouco foi realizado neste sentindo até a última década do século XX, pois não se dispunha de verbas suficientes nem para serviços mais elementares.
Conforme Prof. Dr. Vanderlan Santos Mota em seu livro intitulado: Espaços Públicos de Lazer em Manaus: O Papel da Políticas Públicas (Valer, 2008). As praças constituem-se como especificidades sobre a forma da cidade e várias foram desfiguradas ou desapareceram. Entre as que foram desfiguradas pode-se destacar a Praça Adalberto Vale nos anos cinqüenta com a construção do Hotel Amazonas; a Praça Tamandaré, em frente à Capitania dos Portos; a praça dos Remédios, com a construção de uma casa de comércio na área fronteiriça à praça General Osório, ocupada como área exclusiva pelo Colégio Militar.
Entre as que desapareceram: a praça Visconde do Rio Branco para a construção da Escola Técnica Federal do Amazonas; as praças publicas General Carneiro e Floriano Peixoto no bairro da cachoeirinha. A primeira foi inicialmente transformada em dois campos de futebol sendo gradativamente ocupada pelo Conjunto Kubitschek e, posteriormente, pelo Palácio Rodoviário. A segunda foi doada ao Exercito para a construção do Hospital Geral e área residencial para militares.
Também foram extinta em Manaus as praças: Riachuelo, Paysandu, Rio Branco, Benjamim Constant, N. Senhora De Fátima (Praça 14 de Janeiro), Monte Cristo, Ribeiro da Cunha (José Lindoso), Sargento Manoel Chagas e praça João Pessoa (Bola do Olímpico).
O desaparecimento de praças na parte central da cidade, como vista para uma cidade urbanizada, nos possibilita compreender quais as prioridades que norteavam as políticas públicas urbanas. A primeira é que o espaço urbano foi sendo produzido apenas como o lugar da produção e, em decorrência desse entendimento, as políticas públicas voltadas para a solução dos problemas urbanos não se constituíram como meios capazes de superar a visão de cidade funcional. As políticas públicas eram aplicadas numa cidade e para uma cidade enquanto espaço das relações econômicas.
É preciso destacar que, para além das atividades econômicas, a cidade é também o lugar de morar, de trabalhar, de circular e de cuidar do corpo e do espírito. E as políticas públicas devem ser o instrumento de ação direcionadas à produção de uma nova urbanidade que privilegie a criação de espaços públicos a urbanidade significa a criação de meios para forjar um novo homem que busque o tempo para os encontros que ultrapasse a troca de coisas. Em toda a história das cidades, desde os gregos, esses espaços públicos são as praças, enquanto possibilidade de apropriação visando à construção e ao resgate da cidadania.
A cidadania significa a oportunidade de uma vida decente, com acesso ao trabalho e aos serviços básicos: água, energia, educação, transporte e saúde. Se a ausência desses serviços é condenável, da mesma maneira é também inaceitável a existência de poucas praças na parte central da cidade e especialmente, que num período relativamente curto, tantas tenham desaparecido, fazendo com que os habitantes, da cidade fiquem cada vez mais distantes do direito à cidade como o lugar para a reprodução da vida do fluxo das pessoas no fixo da urbanidade.Atualmente a capital têm aproximadamente 190 praças e áreas de passeio público, como os Parques. Do total mais da metade tem algum tipo de comercio, ficando o espaço público ocupado por teatros que fazem desse espaço um meio de vida. De acordo com o Diretor-Presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, João Bosco Saraiva, todos os comerciantes devem, cumprir as normas do Instituto, para quem não cumprir as determinações a multa pode chegar a R$ 5 mil.
No Brasil, as praças começaram a surgir no entorno das igrejas. As residências mais suntuosas, os prédios públicos mais relevantes, os principais estabelecimentos comerciais, tudo era construído próximo a esses logradouros públicos que serviam, também, de elo entre a comunidade as paróquias.
No caso de Manaus, a primeira praça publica localizava-se nas proximidades da antiga igreja Matriz de Nossa senhora da Conceição e do Fortin de São Jose da Barra do Rio Negro, marco inicial da ocupação da cidade.
As transformações urbanísticas de uma cidade espelham claramente as mudanças efetuadas na sociedade ali instalada e a história das praças de Manaus é um exemplo claro, dessa afirmação. Apesar de os admiradores manifestarem algumas preocupações com as praças, arborização e calcamento de ruas e calcadas desde a época imperial, pouco foi realizado neste sentindo até a última década do século XX, pois não se dispunha de verbas suficientes nem para serviços mais elementares.
Conforme Prof. Dr. Vanderlan Santos Mota em seu livro intitulado: Espaços Públicos de Lazer em Manaus: O Papel da Políticas Públicas (Valer, 2008). As praças constituem-se como especificidades sobre a forma da cidade e várias foram desfiguradas ou desapareceram. Entre as que foram desfiguradas pode-se destacar a Praça Adalberto Vale nos anos cinqüenta com a construção do Hotel Amazonas; a Praça Tamandaré, em frente à Capitania dos Portos; a praça dos Remédios, com a construção de uma casa de comércio na área fronteiriça à praça General Osório, ocupada como área exclusiva pelo Colégio Militar.
Entre as que desapareceram: a praça Visconde do Rio Branco para a construção da Escola Técnica Federal do Amazonas; as praças publicas General Carneiro e Floriano Peixoto no bairro da cachoeirinha. A primeira foi inicialmente transformada em dois campos de futebol sendo gradativamente ocupada pelo Conjunto Kubitschek e, posteriormente, pelo Palácio Rodoviário. A segunda foi doada ao Exercito para a construção do Hospital Geral e área residencial para militares.
Também foram extinta em Manaus as praças: Riachuelo, Paysandu, Rio Branco, Benjamim Constant, N. Senhora De Fátima (Praça 14 de Janeiro), Monte Cristo, Ribeiro da Cunha (José Lindoso), Sargento Manoel Chagas e praça João Pessoa (Bola do Olímpico).
O desaparecimento de praças na parte central da cidade, como vista para uma cidade urbanizada, nos possibilita compreender quais as prioridades que norteavam as políticas públicas urbanas. A primeira é que o espaço urbano foi sendo produzido apenas como o lugar da produção e, em decorrência desse entendimento, as políticas públicas voltadas para a solução dos problemas urbanos não se constituíram como meios capazes de superar a visão de cidade funcional. As políticas públicas eram aplicadas numa cidade e para uma cidade enquanto espaço das relações econômicas.
É preciso destacar que, para além das atividades econômicas, a cidade é também o lugar de morar, de trabalhar, de circular e de cuidar do corpo e do espírito. E as políticas públicas devem ser o instrumento de ação direcionadas à produção de uma nova urbanidade que privilegie a criação de espaços públicos a urbanidade significa a criação de meios para forjar um novo homem que busque o tempo para os encontros que ultrapasse a troca de coisas. Em toda a história das cidades, desde os gregos, esses espaços públicos são as praças, enquanto possibilidade de apropriação visando à construção e ao resgate da cidadania.
A cidadania significa a oportunidade de uma vida decente, com acesso ao trabalho e aos serviços básicos: água, energia, educação, transporte e saúde. Se a ausência desses serviços é condenável, da mesma maneira é também inaceitável a existência de poucas praças na parte central da cidade e especialmente, que num período relativamente curto, tantas tenham desaparecido, fazendo com que os habitantes, da cidade fiquem cada vez mais distantes do direito à cidade como o lugar para a reprodução da vida do fluxo das pessoas no fixo da urbanidade.Atualmente a capital têm aproximadamente 190 praças e áreas de passeio público, como os Parques. Do total mais da metade tem algum tipo de comercio, ficando o espaço público ocupado por teatros que fazem desse espaço um meio de vida. De acordo com o Diretor-Presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, João Bosco Saraiva, todos os comerciantes devem, cumprir as normas do Instituto, para quem não cumprir as determinações a multa pode chegar a R$ 5 mil.
Um comentário:
Parabéns, estava procurando a localização do Conjunto Kubistchek e achei esse belo artigo, obrigada. Alessandra.
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