quarta-feira, novembro 24, 2010

Tombamento do Centro Histórico de Manaus



O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Juliano Valente, reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira (24) para apresentar a proposta de tombamento do Centro Histórico de Manaus.

Valente afirmou que foram três anos e meio de estudo para a elaboração do documento. O edital de notificação do tombamento foi publicado na última segunda-feira (22) no Diário Oficial da União (DOU).

A área a ser tombada tem um perímetro que começa na Ponte Benjamin Constant, próximo à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, abrangendo ruas históricas como 7 de Setembro, Visconde de Mauá, Getúlio Vargas, Guilherme Moreira, Símon Bolívar, Ramos Ferreira, Luiz Antony, Lobo D’Almada, Henrique Martins, Epaminondas, Itamaracá. Essas áreas são compreendidas como centro Histórico pela Lei Orgânica do Município (Loman).

A partir da publicação da notificação do Diário Oficial, há um prazo de quinze dias para que as propostas do tombamento sejam contestadas por instituições ou por qualquer cidadão.

A próxima reunião do Conselho Consultivo do órgão acontece nos dias 09 e 10 de dezembro deste ano. No entanto ainda não há confirmação se o tombamento definitivo do Centro Histórico de Manaus entrará em pauta. Os membros da Comissão do Iphan irão para o rio de Janeiro acompanhar a decisão.

Com o tombamento do Centro Histórico Manaus pode receber o título de Cidade Histórica Nacional. Com isso o Iphan assumirá papel constitucional de parceiro da Prefeitura para fiscalizar, em caso de qualquer aleração nos prédio ou nas vias públicas o órgão deverá ser consultado antes.


Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Estudo-tombamento-Centro-Historico-durou_0_377962251.html

quarta-feira, novembro 03, 2010

III Simpósio Amazônico de Educação Física




III Símposio Amazônico de Educação Física: Educação à Distância

quarta-feira, setembro 08, 2010

Quanto custa um Doutor?

A conversa girava em torno do avanço da ciência no mundo. Passamos pela vanguarda dos americanos e de outros povos que, ancorados em projetos de desenvolvimento e soberania, conseguiram construir em seu país a cultura dos investimentos em ciência e tecnologia como absoluta necessidade. Ficou claro que tais conquistas não se dão no curto prazo ou por puro milagre. Trata-se de projeto de nação desenvolvido ao longo de décadas que independe do bom ou mau humor de qualquer agente público. O dever desses agentes é cumprir com esse compromisso, espécie de pacto tacitamente assumido por todos. Conversa vai, conversa vem, chegamos aos custos dos investimentos para se alcançar esse fim. Afora os projetos estruturantes, necessários ao alicerce para uma plataforma dessa natureza, há custos altos com laboratórios e equipamentos sofisticados. Mas qualquer sonho nessa direção passa, sobretudo, pela formação de capital intelectual. Aí o caldo quase entorna. Falei para o meu interlocutor, burocrata competente no que faz, que o custo para formar um pesquisador fora do estado em nível de doutorado e ao longo de quatro anos requer investimentos de R$ 130.500,00, considerando o valor da bolsa de estudos da Fapeam. Diante do espanto, disse-lhe que nos EUA ou na Europa esse valor deve triplicar. Percebendo que não o convenceria com argumentos relativos aos impactos sociais e econômicos do avanço da ciência, naveguei pelo seu pragmatismo imediatista. Afinal, burocrata que se preza adora números. Com dois ou três anos de formado, um jovem pesquisador tem condições de trazer para o estado, de uma só vez, o valor correspondente aos investimentos feitos em sua formação. Na medida em que consolida academicamente sua posição, as possibilidades de, a cada ano, captar mais recursos aumentam. Basta concorrer aos editais nacionais e internacionais das agências de pesquisa. Quanto mais tarimbado se torna, mais o pesquisador abre frentes para ter projetos aprovados. Para ficar num só exemplo, seis pesquisadores do INPA, da Ufam e da UEA, no edital dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), captaram 19 milhões de reais em recursos federais para serem aplicados em pesquisa ao longo de quatro anos aqui no Amazonas, o que dá uma média de 3,1 milhões de reais por pesquisador. Calei o burocrata. Mas essa é a forma mais pobre de esclarecer alguém da importância de se investir em capital intelectual altamente qualificado.

Prof. Dr. Odenildo Senna Diretor Presidente da FAPEAM

segunda-feira, agosto 09, 2010

AS METROPOLES E SEUS PROBLEMAS

Diante do cenário apocalíptico de algumas das maiores megalópoles do planeta, muita gente chega à conclusão de que, talvez, o melhor para a humanidade seria regressar à paca­ta vidinha rural dos nossos ancestrais. Mas exem­plos no mundo inteiro indicam que é possível en­contrar soluções simples para grandes mazelas ur­banas, como o crime, os congestionamentos e a sujeira. Programas de reciclagem do lixo, como os que já existem em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, ou Manila, nas Filipinas, geram renda para a população carente ao mesmo tempo que previnem a degradação ambiental. A reforma de centros históricos como a realizada no Pelourinho, a parte mais antiga de Salvador — atraio turismo e melhora a qualidade de vida da população. Em Portland, capital do Estado americano do Oregon, a saída foi demolir as vias elevadas que rasgavam o centro da cidade. A região se revitalizou rapidamente, revertendo o processo de deterioração.

No combate à criminalidade, a estratégia adotada em Nova York pelo prefeito Rudolph Giuliani se tornou uma referência mundial.

Desde que ele assumiu o cargo, em 1994, o número de homicídios baixou em 74% e a cidade abandonou a lista das 150 mais violentas dos Esta­dos Unidos, depois de ocupar o primeiro lugar nas décadas de 70 e 80. A novidade é a chamada "tole­rância zero" — a idéia de que, para reduzir os cri­mes pesados, é necessário punir com rigor até mes­mo os pequenos delitos.

A busca de alternativas para os grandes proble­mas urbanos foi o tema da Habitat II, Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Huma­nos, realizada em Istambul, na Turquia, em 1996. Os participantes da reunião foram unânimes ao sublinhar o papel dos prefeitos e da comunidade, o chamado "poder local", na busca de soluções. "Não há panacéias", destaca o documento principal da conferência. "O importante é obter o máximo das possibilidades de cada cidade."

quarta-feira, junho 30, 2010

CIDADE: UM ORGANISMO VIVO

Nada lembra tanto a atividade do corpo humano quanto uma metrópole a todo vapor. Ambos precisam se abastecer de água e de energia e eliminar os resíduos de forma eficaz. Os veículos que trafegam pelas ruas e avenidas podem ser compara­dos aos nutrientes circulando pelas veias e — veja co­mo, neste caso, até a palavra é a mesma — pelas artérias. As linhas telefônicas cumprem a mesma função dos nervos, que despacham e recolhem infor­mações o tempo todo.

Tal como um organismo vivo, a cidade deve seu funcionamento ao trabalho discreto de um conjunto de sistemas cuja existência só é percebida quando surge algum problema. Eles são como o fígado, que precisa doer para ser notado. A infra-estrutura urbana é o resultado de um conjunto enorme de operações, muitas delas complicadíssimas. Para chegar às torneiras e aos chuveiros de Los Angeles, nos Estados Unidos, a água do Rio Colorado percorre um canal de 500 quilômetros, em pleno deserto. Em São Paulo, um exército invisível de 5.800 trabalhadores se esfalfa, noite e dia, na manutenção dos sistemas de eletricidade, telefone, água e esgoto instalados debaixo da terra.

Sem uma rede de serviços eficiente, a metrópole se toma um lugar insuportável. Não se trata apenas de conforto, mas também de saúde e até de sobrevivên­cia. "Em qualquer cidade do planeta, o número de domicílios com esgoto está diretamente relacionado com a taxa de mortalidade infantil", explica a urba­nista Raquel Rolnik, professora da Pontifícia Universi­dade Católica de Campinas.

sábado, junho 12, 2010

AUTOMÓVEL: DA SOLUÇÃO AO PROBLEMA


Durante milênios, o ritmo das cidades foi ditado pelos passos humanos ou dos ani­mais usados para transporte, como o ca­valo. Até que, em 1908, o industrial americano Henry Ford (1863-1947) deu início à produção em série do automóvel e transformou a maneira de o homem locomover-se. O carro é confortável, útil e até sedutor. O que atrapalha é a quantida­de. Nas últimas décadas, ele se multiplicou numa escala tão grande que passou de solução a pro­blema. Em 1950, havia 50 milhões de automóveis no mundo. Hoje, são 600 milhões — um para ca­da dez pessoas. O resultado são os congestiona­mentos. Na Grande São Paulo, onde existem 6 milhões de carros, uma pesquisa do Metrô esti­mou em 2 horas e meia o tempo médio que se gasta para ir e voltar do trabalho.


Os automóveis ocupam muito espaço e carre­gam pouca gente. E, pior, agridem o meio am­biente. Hoje, 90% da poluição do ar nas grandes cidades sai dos escapamentos. Durante vinte anos de rodagem, um carro lança cerca de 35 to­neladas de carbono na atmosfera — o que provo­ca a revolta dos urbanistas, sempre à procura de u­ma alternativa convincente. "A cidade do futuro se­rá viável apenas se for dada prioridade ao transpor­te coletivo", diz o engenheiro Eduardo Vasconcel­los, da Associação Nacional de Transportes Públi­cos, em São Paulo. Ele propõe como remédio para o caos do trânsito, um sistema que combine a me­lhoria da rede de ônibus e de metrô com a restrição do uso do automóvel por meio de taxas, pedágios e multas. Várias cidades da Europa e da Ásia já apli­cam essa estratégia, que inclui a proibição do tráfe­go nas áreas centrais. O futuro do automóvel é um dos desafios do novo século.


Uma cidade como Manaus, com uma população estimada em 2 milhões de habitantes, o transito tornou-se insuportável, principalmente nos horários de pico. Verificamos por parte dos homens públicos, uma preocupação com a viabilidade e fluidez do transito nesta capital, sem que haja uma preocupação maior com os transeuntes que somos nós, simples mortais, não há passarelas, vias cicláveis (ciclovias), calçadas apropriadas, como também, pista para caminhada, pois nesta selva de pedra também somos veículos, só que humano com emoções e sentimentos.

quarta-feira, junho 02, 2010

FUTEBOL ESTATIZADO: BOM DE BOLA RUIM DE GESTÃO


Com dinheiro do contribuinte, governo formará jogadores e clubes formarão times a custo zero.

A melhor das intenções nem sempre é a mais acertada, mesmo quando o fim é resolver um problema congênito, mas o remédio receitado pode piorar a doença se o paciente tiver histórico de vícios. É o caso do futebol amazonense, que agora ganha um presente de pai para filho. E bota presente nisso. Ao colocar o programa social. Bom de Bola à disposição dos clubes para que dali forme seus times de categorias de base, a Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (SEJEL), que administra o programa, apóia e reforça a falta de compromisso das agremiações com formação de jogadores, isto não é função do Estado, nós temos um grande Pólo Industrial com mais de Quinhentas empresas que poderiam em parcerias com os clubes locais patrocinarem o futebol amazonense. Isso, agora, é de responsabilidade do governo. Ou seja, somos nós contribuintes que vamos pagar a dívida, o orçamento do programa Bom de Bola para este ano é de R$ 832,184 mil, para formar atletas, isto não é função do Estado e sim a massificação do Esporte como um todo, o auto-rendimento deve ser executado por clubes que são iniciativas privadas, sendo assim os clubes vão também utilizar esses recursos na mão de obra. É a velha parábola do pescador. Em vez de dar vara e ensinar a pescar, a SEJEL serve o peixe frito, com arroz, farinha e feijão de graça. Você se daria ao trabalho e aprender a pescar com esse privilégio? Se levarmos em conta que os clubes amazonenses só disputam campeonatos se o governo e a prefeitura bancarem.

O discurso a favor da iniciativa é o da conjectura, dirigentes e técnicos acreditam que o Bom de Bola vai resgatar a identidade dos clubes e a popularidade junto ao torcedor, além de reduzir a dependência dos jogadores de outros estados. Tudo soa ingênuo, ou falso. Como os clubes não têm nenhum compromisso com o futebol de base, agora então nem se fala. E se não são capazes de criar uma identidade a partir deles mesmos, quem garante que farão isso com um programa social de governo com o qual não tem nenhuma responsabilidade e custo? E se o Bom de Bola pode representar o fim da dependência dos jogadores de fora do Estado, por que os clubes até hoje não conseguiram essa meta com sua próprias categorias de Base? Como não conseguiram com a Copa dos Rios e o Peladão que são as duas maiores competições de futebol do Estado e fontes para a garimpagem de craques? Sendo o programa de caráter social, como assegurar que os garotos que não tiverão a oportunidade de se tornarem jogadores profissionais não se sintam frustrados e abandonem o Bom de Bola, fazendo com que o projeto perca sua finalidade?

Os questionamentos Vila Olímpica de Manaus são oportunos para reflexão, pois o que está em jogo é a credibilidade de uma ação social que pode ser o caso. Como tudo é feito para agradar e não para durar ou alguém ainda se lembra do Centro de Alto rendimento da Vila Olímpica? No momento o que se fala é o legado, o legado deste projeto foi abandono do mesmo e da própria Fundação Vila Olímpica Danilo de Mattos Areosa, pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para grandes competições na região norte, o estádio Olímpico de Belém – PA, mais bem estruturado, conquistou essa posição. Para um complexo esportivo no qual correram Campeões Mundiais como Donovan Baile, o legado foi o esquecimento.

A idéia de tornar o Bom de Bola uma fonte de jogadores para os clubes é boa na concepção, mas péssima na execução. A seção de jogadores deve ser natural, sem que isto seja o objetivo fim. Se for, termina o programa social e começa o projeto de futebol. Se os clubes lucrarem com isso o contribuinte deve pedir restituição de impostos e eu também.

NOVO ESPAÇO DE LAZER NA PONTA NEGRA

A revitalização do complexo de la­zer, da praia da Ponta Negra, que será transformado em um Parque Municipal, prevê uma radical mu­dança nas estruturas e equipa­mentos usados pela população e turistas. Ao custo de R$ 59 mi­lhões, com obras dividas em duas etapas, a nova Ponta Negra foi concebida pelos arquitetos Clau­dio Nina e Roberto Moita visando atender todos os tipos de públicos que freqüentam o lugar, das clas­ses "A" até "E".

Na primeira etapa será feita a perenização da praia, o reordenamento da região onde hoje existe o restaurante Charufe, a antiga casa de show Local Casa de Praia, a feira de artesanato e a constru­ção do novo anfiteatro.

A praia perene permitirá ao banhista ter uma faixa de areia de, no mínimo, 30 metros durante os meses de cheia do rio Negro. Para isso será feito um aterro de areia que elevará o leito em seis metros de altura, avançará 150 metros em direção ao rio e terá uma extensão de 700 metros, co­meçando no limite com o muro do Tropical Hotel e terminado depois do anfiteatro. “Nessa faixa de praia haverá três campos de futebol Mudamos os campos porque hoje eles, são cercados por alambrados e isso dificulta a contemplação do rio", explica Nina. "Além do mais, no calçadão as famílias passeiam com filhos pe­quenos e o linguajar de quem está no calor do jogo não é muito ade­quado, então com os campos na praia esse problema acaba."

Próximo à pista, os arquitetos previram a construção de um am­plo passeio e uma espécie de pis­cina com fontes de água ilumina­da. O reordenamento dessa re­gião passa também por uma nova estrutura no Local Casa de Praia.

Já o anfiteatro ganhará novas estruturas de palco, camarim, ba­nheiros. A novidade, importante é à construção de uma marquise de, aproximadamente, oito metros de largura na parte de cima. Roberto Moita explica que essa marquise será importante para bloquear parte do som que se dissipa em direção aos prédios residenciais existentes na região. “Além dessa função acústica, a marquise protegerá o, público da chuva e do Sol e será usada como difusor de luz, dos equipamentos de iluminação usados nos shows", completa. Bares, restaurante, quiosques e barracas completam essa região.

MIRANTE

A segunda etapa do projeto é marcada pela construção de uma torre de 120 metros de altura com um mirante para observação toda a região de Manaus. Para se ter idéia do gigantismo da obra, ela equivale ao dobro da altura do maior prédio existente em Manaus. Haverá espaço para 800 visi­tantes de cada vez, que subirão por dois elevadores panorâmicos. A torre será construída na prai­nha, quase na confluência com a Avenida do Turismo.

Além desta torre, a segunda etapa contempla também a cons­trução de um terminal flutuante de embarque e desembarque que ficará localizado a 250 metros da margem, "Público ou privado, Manaus não tem um local digno para embarque e desembarque. Essa obra vai resolver esse pro­blema", destaca o secretário Mu­nicipal de Infraestrutura, Améri­co Gorayeb.

Na segunda etapa também ha­verá um espaço para a Praça do Artesanato, a feirinha que hoje está próximo ao restaurante Cha­rufe. "Essa estrutura ajudará a descentralizar a frequência do público, hoje muito concentrada naquela região", explica Cláudio Nina. Ao lado do novo anfiteatro também serão posicionadas três novas quadras de vôlei.

ALIMENTAÇÃO

Ao longo do Parque Ponta Negra haverá quatro tipos de estruturas para o segmento de alimentos e bebidas. Serão barracas, quios­ques, bares e restaurante. Na praia as barracas vão vender be­bidas e alimentos que não depen­dem de processamento (sanduí­ches naturais, por exemplo). No quiosque poderá haver manipula­ção do alimento. A novidade nos Bares é que terão uma arquitetura semelhante ao de um barco regio­nal projetando-se em direção à praia. "A crítica que fazem é que os bares hoje estão de costas para o rio. Isso vai mudar. Eles estarão de frente e farão essa passagem entre o calçadão e a praia”, explica Roberto Moita.

Já os restaurantes terão um tra­tamento privilegiado. Eles terão estacionamento próprio para, aco­lher os clientes que hoje disputam espaço com o banhista, que deixa o carro e desce para a praia. "A idéia é que serão restaurantes de nível, com qualidade e, por isso, preci­sam ter um estacionamento pró­prio", explica Nina. Ao todo, diz Ro­berto Moita, serão três restauran­tes, cinco bares, 10 quiosques e até 25 barracas.

PARCERIA PÚBLICO PRIVADA

A principal apostada da Prefeitura de Manaus para gerenciar o Parque Ponta Negra esta nas Parcerias Públicos Privadas (PPPs). A opção por este modelo de gestão foi feita conforme o Secretario Municipal de Infraestrutura Américo Gorayeb, porque entende-se que a iniciativa privada é mais eficiente para gerir certos serviços e também porque dever ter um compromisso social com a população. Américo explicou que a PPP funcionará em todos os níveis de serviços previstos para parque. Por esse modelo, a prefeitura abrirá uma licitação pública para conceder um dos três restaurante conforme projetado pelos arquitetos e depois, ao invés de ficar pagando aluguel pelo espaço, ele se compromete a manter a qualidade de serviços que estão no entorno. “Ele poderá ser responsável pelo tratamento de água, pelos banheiros, enfim vai garantir a qualidade dos serviços e dos equipamentos”, explicou.

Conforme o arquiteto Roberto Moita, a concepção das PPPs será semelhante a dos shoppings centers e de preferência quem construir o espaço não será o operador dele. “Ele vai alugar o espaço e o locatário fará a operação”, explica.

sexta-feira, maio 28, 2010

TRÊS OBRAS PARA O LAZER E ENTRETENIMENTO EM MANAUS


Três projetos são destina­dos ao lazer da comunidade e têm clara vocação turística. São eles: o Aquário Munici­pal, batizado de Amazona­rium, a Nova Ponta Negra e a Cidade da Criança.

O Amazonarium, um megaaquário, será construído no terreno onde estão as torres da Em­bratel, na Colônia Antônio Aleixo. Os 15 aquários terão peixes da Amazônia, um elevador panorâmico que levará o visitante até um deck de onde ele poderá contemplar o Encontro das Águas. O preço da obra será de R$ 12 milhões. A construção co­meça em novembro e tem prazo de 18 meses.

A Ponta Negra será toda revi­talizada ao custo de R$ 53 mi­lhões advindos do Governo Fe­deral e de bancos internacio­nais. A obra começa em julho e terá 18 meses para ser executa­da. Na nova área haverá um mi­rante na altura da saída da Avenida do Turismo, com um res­taurante no alto e elevador pa­norâmico. O anfiteatro será todo reformado, bem como as qua­dras que serão dispostas no sentido oposto ao de hoje. A no­va estrutura contempla, ainda, uma praia artificial que permi­tirá o uso do balneário o ano to­do. Novas quadras, estaciona­mentos e paisagismo comple­tam o perímetro.

Desse grupo, a última e mais barata, porém não menos polê­mica, é a construção da Cidade da Criança, um parque temático que se pretende ecológico e edu­cativo. Ao custo de R$ 5,8 mi­lhões, a obra começa em outu­bro e deve ficar pronta em 12 meses. O parque será uma revi­talização do Horto Municipal, no Aleixo, que será dotado de estruturas como biblioteca, cine­ma, labirinto, playground, tri­lhas ecológicas e o forte Apache.

CENTRO DE BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA

Ainda sem identidade jurídica, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) "sobrevive" como po­de, por meio de parcerias que jus­tificam sua criação. O coordenador da instituição na Superinten­dência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Elilde Menezes, explica que cada um dos parceiros possui uma finalidade e "emprestam" sua identidade jurídica para que o centro tenha equipamento receber pelos funcionários e que possa receber pelos serviços que presta. Hoje, o CBA trabalha junto com a Fundação Djalma Batista, Unisol, Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fa­peam) e, recentemente, fechou parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Movimento de Ci­dadania pela Águas. A Unisol e Fundação Djalma Batista respondem pela aquisição de equipamentos para o Centro. "Fazemos um convênio, através da Suframa e listamos nossas ne­cessidades. Essas duas instituições respondem pelos móveis, computadores, laboratórios e outros aparelhos", diz Elilde, lembrando que 90% de sua infra-estrutura física e tecnológica estão funcionando. E 33 das 37 unidades projetadas operam re­gularmente - sendo 23 laborató­rios, cinco unidades de apoio tecnológico, duas unidades de apoio técnico e as quatro áreas administrativas.

Em relação ao pessoal, incluindo bolsistas, a responsabilidade ficou a cargo da Fapeam, vinculada ao governo do Estado. "O pagamento de pessoal é realizado através da Fapeam com recursos disponibilizados pelo Ministério da Ciência e Tecnolo­gia", acrescentou. O CBA conta com 140 profissionais e desses; 19 possuem doutorado e pós-doutorado e 21 são mestres, os demais têm graduação e nível médio. "Os profissionais re­presentam o maior bem do CBA. Maquinário e estrutura física são fáceis de resolver. Agora, mão-de-obra altamente qualifi­cada, com profissionais que são destaque na área em que atuam isso tem um valor inestimável para a instituição e para o Ama­zonas", afirmou.

Dados do CBA Indicam que de 1998, quando foi criado, até dezembro do ano passado, fo­ram alocados R$ 82 milhões no projeto, envolvendo investi­mento em infra-estrutura física, equipamentos e profissionais. A Unisol, primeira a firmar parceria, em 2003, já recebeu R$ 10 milhões do governo fede­ral daquele ano até junho de 2010, segundo Elilde. À Funda­ção Djalma Batista foram R$26,7 milhões, entre 2005 até dezembro de 2010. Para a Fa­peam, a partir de 2004 até ju­nho de 2010, os recursos somam R$ 12,6 milhões. No Orça­mento da União deste ano, os re­cursos dirigidos ao CBA são da ordem de R$ 5 milhões, só que a verba até agora não foi liberada pelo governo federal. O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) tem funcionado como uma extensão da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Sufrana). A autarquia tem sido responsável pela operacionalização das ações que o trouxeram ao estágio atual. Enquanto não possui natureza própria, as operações do CBA são realizadas por intermédio da Suframa.