terça-feira, junho 18, 2013

Tenho orgulho do povo que sai às ruas também para dizer não à Copa e a tudo de errado que ela traz


Há mais de três anos escrevi um post, neste espaço explicando os motivos pelos quais sou contra aventuras como a Copa do Mundo no Brasil. Bato mais forte nesta tecla desde 2007, quando a Fifa confirmou nosso país como sede do evento de 2014. Não é fácil nadar contra essa corrente da conveniência, da conivência, da covardia. A corrente dos que, mesmo cientes do que a Copa por aqui representaria, sempre a apoiaram nos moldes exigidos, impostos.

Copa do Mundo no Brasil. Sim, ela poderia acontecer se os estádios fossem construídos ou reformados dentro da nossa realidade. Com investimentos privados, em sedes nas quais existe futebol e após o certame fosse possível tratar a praça esportiva como local de eventos diversos. Casos específicos das novas casas de Grêmio e Palmeiras, esta ainda em construção. Particulares, resultado de acordos entre clubes e empresas que investiram e esperam lucrar.

E o dinheiro público, os "zilhões" oriundos dos impostos que foram parar em "arenas" com selo Fifa? Seria destinado à educação, saúde, transporte, segurança e tudo aquilo que o cidadão precisa para viver dignamente. Que bom ver pessoas que não dependem do ônibus, do trem, do metrô, pelas avenidas pedindo pelos que não podem se locomover sem eles. Bom demais notar quem tem o melhor plano de saúde clamar por hospitais dignos que atendam quem deles depende.

A Copa do Mundo é a festa do futebol. Nas mãos certas estimularia investimentos que resultariam num verdadeiro legado para a nossa gente. Não tornaria o Brasil um país perfeito, mas um país melhor. Já critiquei tantas vezes a acomodação de boa parte dos brasileiros. E hoje, pelo menos hoje, posso repetir: tenho orgulho do povo que sai às ruas para também dizer não a essa Copa e a tudo de errado que ela traz. E quem ama o futebol não fica feliz ao vê-lo ser usado de tal forma.

Acordamos. Que não caiamos no sono outra vez. Saudações, Brasil!!!!

Entre os protestos, brilha a Copa do Mundo

Vi que as reivindicações, os anseios e os temas dos cartazes e gritos eram, de fato, ecléticos. Mas entre os temas mais abordados, talvez superando até mesmo a redução das passagens de ônibus, esteve aquele que motivou os cartazes abaixo.


Quando se protesta contra o aumento das passagens no transporte público, o objetivo é claro.
Em relação à Copa do Mundo, agora que a realização do torneio é inevitável, nem tanto. Por enquanto. Mas ainda há, sim, o que cobrar. Como a divulgação pública de todas as contas relacionadas ao evento, por exemplo.
De qualquer forma, causas à parte, o legado do que acontece no Brasil é, no mínimo, a demonstração de força. A prova de que existe um poder de mobilização que parecia esquecido e que pode ser usado quando necessário.
Pense bem. Será que se Renan Calheiros fosse eleito amanhã o presidente do senado brasileiro, por tudo que isso representa, ele teria condições de assumir o cargo? Será?

terça-feira, maio 08, 2012

Tempos de Águas

Os previsões, já se concretizando, apontam que neste ano teremos a maior enchente da série histórica desde 1902, com consequências sempre danosas em especial para as populações das zonas rural e das periferias urbanas.
A Amazônia, na época da enchente, é literalmente um mundão de água onde a correnteza leva cercas, plantas, criações e traz os sedimentos que fertilizam a terra num movimento incessante de destruição, construção e reconstrução. São seis meses morando sobre as águas, em alguns casos, sob as águas, em casas penduradas no nada, com as criações nas marombas, peixes e cobras passando ao redor. Os portos desaparecem e a casa é também o ancoradouro. Aulas são suspensas, as festas escasseiam, os santos se enfastiam e são retirados dos altares, visto que nesses tempos de águas grandes a proteção é mútua, nós os protegemos e eles nos protegem. De julho a agosto um pouco de sol e de céu descoberto para que a água recue e a terra principie dando seus primeiros sinais para que a vida recomece. O cheiro de terra molhada dá nova cor ao ambiente, o mato rebrota, as sementes são lançadas e as plantas nascem, os pássaros voltam a cantar, os peixes se alvoroçam em piracema. Tudo se reconstitui, ressurge a esperança e a dignidade do homem nas várzeas do Amazonas.
Pisa-se na terra firme e apesar da vida dura dos últimos seis meses, que voltará por mais seis e voltará por alguns outros mais, não há conformismo, mas o entendimento de que é um processo gerado pela natureza pelo qual se dá a dinâmica das várzeas amazônicas fazendo com que elas sejam o que são. Nada além da capacidade de compreendê-la e criar condições para superá-la. Os povos amazônicos anteriores à colonização já habitavam a várzea e desenvolveram técnicas que lhes possibilitavam seis meses de trabalho nas várzeas, onde produziam e acumulavam os viveres e outros seis meses de festas na terra firme.
Como tudo tem um porém, o rio não é o mesmo, a Amazônia não é a mesma e as enchentes não são as mesmas, agora parecem cicatrizes de uma ferida tão perto. Em primeiro lugar pela não inserção de técnicas que respeitando o modo de vida das populações ribeirinhas possibilitasse o aproveitamento das várzeas dando qualidade de vida aos seus moradores sem a necessidade de eles deixarem de ser o que são. Homens e mulheres de ombros encurvados sob a chuva monótona e o sol escaldante continuam a produzir e a viver como antes.
Em segundo lugar porque parece que Deus se enfadou e as enchentes se tornaram mais frequentes. Na série histórica das cheias acima de 29,00 metros a primeira registrada foi em 1909, com 29,30 metros e de lá para cá, entre as dez maiores, seis ocorreram nos últimos quarenta anos. O conhecimento científico existente sobre o ciclo das enchentes possibilita antever e antecipar as ações de Estado.
A previsibilidade das enchentes decorre do regime dos rios da Bacia Amazônica que está, antes de tudo, condicionado ao regime de chuvas. Cortada pelo equador em sua porção norte, a Bacia Amazônica sofre a influência do regime fluvial dos Hemisférios norte e sul. A maior quantidade de chuva e especialmente a coincidência nos dois hemisférios, resulta em maior volume de água e, em decorrência, grandes enchentes. O maior volume de chuva resulta da circulação geral atmosférica dentro da zona intertropical sul-americana.
Portanto, a enchente é um fenômeno natural, suas consequências, nem tanto. Parodiando parte de um poema do poeta Thiago de Mello, somos filhos da floresta e da água, o que explica esse nosso jeito de amar as coisas e de carregar nos ombros grandes fardos, mas também e principalmente esperança.
Fonte: D24AM 

quinta-feira, maio 03, 2012

Mormaço das calçadas


Na última quinta feira fui obrigado a caminhar pelas ruas Eduardo Ribeiro, Joaquim Sarmento e Lobo D’Almada. Como sempre acontece, foi para mim uma tristeza e motivo de indignação. Precisava fazer isso com o máximo de rapidez. Mas não foi como planejado. As lindas calçadas de mármore de liós de minha infância se transformaram em armadinhas perigosas. Na Lobo D’Almada, entre a Saldanha Marinho e a Henrique Martins, nos fundos de uma grande loja, há um enorme buraco. Para transitar nesses calçadas dilapidadas pela incúria de administradores municipais que odeiam a minha cidade, é preciso andar com muito cuidado. Todos os passeios estão esburacados, oferecendo perigo aos transeuntes. Nessas calçadas internas, não há camelôs. E não os há porque as calçadas são estreitas e acidentadas. O mais trágico é que o que se pode ver nesse pequeno trecho do centro histórico, pode ser generalizado para toda a capital amazonenses, esse imenso favelão, esse imenso monturo de lixo real e político. Observei como as pessoas passam por ali e usam aquele espaço urbano. Seguem pelas estruturas destroçadas como se campo minado fosse. Nos bairros, praticamente todos os frutos de invasões estimuladas por uma classe de políticos ignorantes e oportunistas, mais parece um urbanismo medieval. Não há calçadas, e quando há, são tão estreitas, com menos de um metro, e completamente desiguais, pois cada morador inventa a sua própria calçada. Vi muitos desses exíguos passeios de meio metro obstruídos por carros estacionados com meia roda sobre o espaço dos pedestres, obrigados a arriscar a vida no meio fio dessas ruelas tortuosas em que os infames moto taxis trafegam em alta velocidade e os motoristas particulares, que recentemente se motorizaram comprando carros em 30 meses, também exercem seu   novo poder fazendo seus veículos verdadeiros bólides. E o que se lix. Por isso não é de espantar que Manaus tenha recebido a pior classificação no quesito mobilidade urbana, entre as sedes da Copa do Mundo de 2014. Mobilidade significa vias organizadas, limpas e seguras. Além de calçadas que para o poeta Charles  Baudelaire, que nelas costumava flanar, significam modernidade, há a questão do transporte público de massas, a questão do estacionamento e a estruturas do trânsito. No item calçadas nossa cidade regrediu ao nível das aldeias mais infectadas e subdesenvolvidas. Mas isto não parece comover as autoridades municipais, muito menos aos vereadores. Para estes últimos, o assunto do momento é o auxílio paletó (que, aliás, os faz mais caipiras) e os subsídios do 13º, 14º e sabe-se lá que mais mumunhas vivem arrancando do erário público. Há na publicidade mentirosa da Prefeitura de Manaus um tal de Choque de Ordem em andamento. Só se for choque nos cofres públicos para favorecer as empreiteiras como a Delta e a Esparsanco, pois no mundo real das calçadas degradadas e da malha urbana apodrecida o que há é o choque da desídia. O estacionamento de veículos segue a mesma permissividade implantada como política de Estado. Lojas e restaurantes privatizam as calçadas em estacionamentos exclusivos. Na avenida Getúlio Vargas há um restaurante que atravanca a calçada com os carros de incautos fregueses, que pelo nível da cozinha bem merecem o diploma da barbárie. Outro dia vi duas viaturas do Detran estacionados naquela calçada, provavelmente comendo de graça a gororoba suspeita que ali servem. Na praça Oswaldo cruz, a Praça da Matriz, os infectos restaurantes que ocupam o passeio público são casos de vigilância sanitária, se isto existisse na cidade. É demais para um coração hipertenso de um simples mortal.

Autor: Márcio Souza.

domingo, abril 29, 2012

Canteiros centrais: Beleza e conforto.


Espaços destinados a arborização e calçadas são elogiados pela população, que se refugia nele do sol e do trânsito selvagem.
Desde o primeiro jardim, criado por Deus no Paraíso, segundo a Bíblia, os espaços com arborização encantam e deleitam não só pela beleza, mas também pelo conforto térmico oferecido.
Em Manaus, onde a temperatura costuma ultrapassar a casa dos 40 graus no período de sol, os canteiros centrais arborizados existentes nas vias públicas têm a importante função de servir de abrigo para o pedestre, seja na travessia de pistas com dois rolamentos ou para a prática de esportes, como destacou o professor doutor em Geografia, Geraldo Alves dos Santos, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
No total, a cidade, de Norte a Sul, tem 42 canteiros centrais com arborização. Um dos mais bonitos e pujantes está no caminho da avenida Getúlio Vargas, no Centro, Zona Sul, onde os pés de benjaminzeiros formam um manto vegetal que dá uma sombra invejável aos dois lados da pista, um privilégio para quem fica no engarrafamento.
Boulevard de Passeios
Na avenida Senador Álvaro Maia (Boulevard), os pés de flamboyants e as calçadas amplas são aproveitadas pelos que costumam praticar esportes aeróbicos como caminhada e corrida.
SEMMAS
Segundo o diretor de Arborização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Heitor Liberato, o órgão tem um levantamento da situação dos 42 canteiros centrais principais e executa neles a manutenção.

Há o cuidado em usar mudas de padrão de corte maior, mais fáceis de pegar. Outro cuidado é o de esperar para plantar ou replantar em vias onde deverão acontecer as obras viárias visando a Copa do Mundo de 2014 como o monotrilho e o sistema de BRT.
A atual administração da Semmas opta pelo uso de espécies como o Pau-Pretinho na arborização, por ter raiz profunda e copa grande.
Vários canteiros nas Zonas Leste e Norte ganharam mudas da espécie que, quando estiverem adultas, garantem beleza das flores e o conforto da sombra, essenciais numa cidade de temperaturas elevadas.
Importantes para o pedestre 
O geógrafo Geraldo Alves, da Ufam, diz que do ponto de vista da origem, os canteiros estão relacionado com o embelezamento das cidades, tendência herdada de países europeus como a França. Para ele, os que contam com ajardinamento são destaques de cidades como Brasília e Curitiba, dando um toque de suavidade em meio ao concreto.
Eles são interessantes, também, para se colocar placas de orientação de trânsito e, mais ainda, para mobilidade urbana. Mas uma função importante desses espaços é para a mobilidade urbana, por servirem de abrigo para os pedestres na travessia de vias de sentido duplo.
“Às vezes escapa da gente a complexidade do trânsito, mas não é raro ver numa via de sentido único a pessoa olhando para os dois lados”, explica ele, lembrando que para quem não é da cidade, os canteiros facilitam identificar qual a direção dos veículos.
Nos canteiros estreitos, identificados por linhas amarelas ou os chamados dentes de dragão, ele aponta os riscos de uma pessoa passar mal e não ter onde ficar protegida. O especialista aponta os riscos trazidos pelos canteiros estreitos, as linhas amarelas ou “dentes de dragão”.
Não é raro passar uma pessoa espremida entre os dois fluxos. E se ela passar mal, forçosamente vai acabar sendo atingida, ressaltou. Falta um canteiro mais espaçoso, destacou ele.
“Deve-se incluí-los sempre nos projetos urbanos”, disse ele, lembrando não ser necessários criá-los no interior dos bairros, mas sim nas vias de captação, a não ser que haja prioridade na questão do embelezamento.

Cidade concentra as piores calçadas do País

Estudo divulgado, ontem, pelo portal Mobilize Brasil colocou a capital amazonense muito próxima da cidade do Rio de Janeiro, quase confirmando o que já diagnosticara um escritor amazonense: Manaus é um subúrbio distante do Rio de Janeiro.
O estudo faz uma avaliação das calçadas de 12 das mais importantes cidades do País e o resultado é decepcionante: a capital da Zona Franca, de um polo industrial de fatura mais de US$ 40 bilhões por ano, que se classifica entre os cinco maiores PIBs nacionais, uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, um dos melhores lugares para se viver, segundo algumas pesquisas superotimistas, é também a cidade que tem as piores calçadas no país, com 3,6 pontos. O Rio de Janeiro é a penúltima (4,5 pontos).
Fortaleza, capital do Ceará e rota de turismo de nove entre dez amazonenses, teve a maior média entre as cidade avaliadas (7,6 pontos). O portal aponta onde s pedestres têm mais dificuldade para caminhar a pé e montou um ranking com os melhores e os piores endereços, de acordo com critérios como acessibilidade e conforto. Entre os critérios avaliados estão: irregularidade no piso, largura mínima de 1,20 m, existência de degraus ou de outros obstáculos que dificultam a circulação, presença de rampas acessíveis, iluminação adequada, sinalzação e paisagismo. Para cada um desses itens foram atribuídas notas de zero a dez.
Muito à propósito tem-se lido e ouvido nos comentários políticos e econômicos que defendem que crescimento não significa, necessariamente, desenvolvimento. Manaus cresceu demais e não se desenvolveu; ao contrário transformou-se num enorme assentamento de dois milhões de habitantes, em que as pessoas de amontoam no que chamam de comunidade, para enfatizar sua necessidade de uma afirmação de pertencimento. E Manaus cresceu, num cerro momento da sua história, com amplas calçadas, margeando largas avenidas. A capital amazonense debruçou-se sobre si própria, omo se tivesse sofrido uma congestão. Onde tem calçadas são as piores.

quarta-feira, abril 25, 2012

Desprezo pelo saber

É difícil entender a contratação de professores com salário de valor menor que o de maqueiros pela Prefeitura de Manaus. Sem menosprezar a importância dos profissionais da maca, que pegam pesado no transporte de doentes, feridos e mortos, mas nivelar por baixo o saber e o conhecimento é desprezar a educação como valor indissociável da condição humana. Carregar pessoas para prestar-lhes socorro é tarefa inquestionável e o servidor deve ser muito bem pago, pois a função é primordial para salvar vidas. Mas subvalorizar o professor é insano, pois cabe a este formar pessoas para a vida com dignidade.

Esse tipo de política pública é um recado aos pais. Fica evidente, com professores mal pagos, que a escola pública oferecida aos filhos não inspira confiança. Não porque professores com baixos salários vão dar aulas ruins, o que depende do caráter do profissional, apesar da premissa ser verdadeira em muitos casos, mas a má remuneração é uma causa também indiscutível de ensino precário. O baixo vencimento obriga o professor a acumular disciplinas e aumentar a carga horária de trabalho, eliminando o tempo disponível para o aperfeiçoamento profissional e, consequentemente, para proporcionar um ensino melhor. A preocupação maior passa a ser o cumprimento do planejamento escolar sem o aprofundamento do conteúdo das disciplinas.

Ao considerar o professor um profissional de menor valor, tanto financeiro quanto humano, os burocratas roubam dos jovens o direito à ascensão social, pois lhes castram o acesso ao poder do conhecimento, essencial à competição profissional e aquisição de bens, que é um dos sentidos da vida em sociedade. Valores morais, como se sabe, se adquire em casa, na família. Mas o saber é intrínseco à escola. E o conhecimento pleno, que resulta no bem-estar social, só com bons e bem pagos mestres.

Não dá para compreender, então, como os próprios professores se calam diante de tão evidente desprezo. Como transmissores do saber e do conhecimento são, também, difusores do pensamento. Ao ensinar, bem, ensinam-nos a pensar melhor sobre o nosso lugar no mundo e fornecem o estímulo necessário para aprendermos infinitamente. E conhecer é poder, porque aprender é tomar consciência daquilo que não se tinha, é ver o que não se via, é ouvir, sentir o dom, divino ou não, de ser humano. Isso nos dá oportunidades maiores do que se tinha antes, seja para usá-las com responsabilidade social e ambiental ou apenas para atender aos interesses pessoais. Usando uma metáfora eternizada por mestres da literatura, conhecer nos permite se distanciar da cegueira da ignorância e da estupidez, principalmente política, de se livrar do doutrinamento ideológico e nos permite buscar uma vida com reflexão e mais sociável. Em vez de deixar a vida nos levar, o conhecimento assegura que possamos levar a vida que quisermos, para o bem ou para o mal.

A menos que desejem carregar o fardo da educação pública de baixa qualidade como nunca antes neste País, os professores precisam se libertar das correntes do aparelhamento sindical pelas ideologias políticas esquerdistas ultrapassadas, que engessam o próprio profissionalismo, e reagir contra ideias mal intencionadas de ensino sem valor. Mais do que bom salário, o professor deve conquistar respeito há muito perdido. O peso na consciência por formar uma sociedade ignorante deve ficar com os políticos imediatistas. Ao professor cabe a nobre missão de dotar a sociedade das condições necessárias para moldar o caráter e evitar que o cidadão fique deitado em macas pelo chão dos hospitais à espera de políticos salvadores da pátria. Estes já sabem como salvar a si mesmos.