Durante milênios, o ritmo das cidades foi ditado pelos passos humanos ou dos animais usados para transporte, como o cavalo. Até que, em 1908, o industrial americano Henry Ford (1863-1947) deu início à produção em série do automóvel e transformou a maneira de o homem locomover-se. O carro é confortável, útil e até sedutor. O que atrapalha é a quantidade. Nas últimas décadas, ele se multiplicou numa escala tão grande que passou de solução a problema. Em 1950, havia 50 milhões de automóveis no mundo. Hoje, são 600 milhões — um para cada dez pessoas. O resultado são os congestionamentos. Na Grande São Paulo, onde existem 6 milhões de carros, uma pesquisa do Metrô estimou em 2 horas e meia o tempo médio que se gasta para ir e voltar do trabalho.
Os automóveis ocupam muito espaço e carregam pouca gente. E, pior, agridem o meio ambiente. Hoje, 90% da poluição do ar nas grandes cidades sai dos escapamentos. Durante vinte anos de rodagem, um carro lança cerca de 35 toneladas de carbono na atmosfera — o que provoca a revolta dos urbanistas, sempre à procura de uma alternativa convincente. "A cidade do futuro será viável apenas se for dada prioridade ao transporte coletivo", diz o engenheiro Eduardo Vasconcellos, da Associação Nacional de Transportes Públicos, em São Paulo. Ele propõe como remédio para o caos do trânsito, um sistema que combine a melhoria da rede de ônibus e de metrô com a restrição do uso do automóvel por meio de taxas, pedágios e multas. Várias cidades da Europa e da Ásia já aplicam essa estratégia, que inclui a proibição do tráfego nas áreas centrais. O futuro do automóvel é um dos desafios do novo século.
Uma cidade como Manaus, com uma população estimada em 2 milhões de habitantes, o transito tornou-se insuportável, principalmente nos horários de pico. Verificamos por parte dos homens públicos, uma preocupação com a viabilidade e fluidez do transito nesta capital, sem que haja uma preocupação maior com os transeuntes que somos nós, simples mortais, não há passarelas, vias cicláveis (ciclovias), calçadas apropriadas, como também, pista para caminhada, pois nesta selva de pedra também somos veículos, só que humano com emoções e sentimentos.
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