quarta-feira, maio 05, 2010

Lazer em Cidades Amazônicas - Maués


http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifAspectos Históricos
A denominação de “Maués”, provem do rio que banha o município e cuja margem fica na cidade. Ao rio, por sua vez emprestou o nome a famosa tribo dos Maués, primitivos habitantes da região.
Em meados do século XVIII tem início o povoamento da Mundurucânia, região compreendida entre os rios Madeira e Amazonas. Os índios Mundurucus, habitantes primitivos da região, constituíram sério obstáculo ao desenvolvimento da população civilizada. Eram de índole guerreira e tinham costumes bárbaros. Inimigos irreconciliáveis dos também terríveis índios Muras.
Lodo D’Almada, governador da capitania, procurou atrair os Mundurucus ao “convívio social dos brancos” para que se realizasse com mais proveito para o seu governo o desenvolvimento daquela região. Em 1795, por ordem do governador, uma escolta conseguiu “agarrar dois índios e traze-los à presença do governador, que os mandou curar os ferimentos recebidos em luta com os soldados e depois repô-los entre os seus, fartos de presentes”. O ardil surtiu o efeito desejado e, pouco tempo depois, puderam ser fundadas as aldeias Canutama, Juruti e Luséa (atual Maués).
Em 1798 é fundada por Luís Pereira da Cruz e José Rodrigues Preto a povoação de Luséa. A sua denominação provém da combinação dos nomes de seus fundadores, isto é, da primeira sílaba do nome do primeiro e da última sílaba do segundo, com o acréscimo de um “a”. Os índios, todavia, chamavam-na “Uacituba”.
Em 1832, a povoação de Luséa foi “teatro de barbaridades praticadas pelos índios Maués, que em seu furor assassinaram diversos indivíduos”. Os índios dirigidos pelo Tuchaua Manoel Marques, convencidos de que planejavam escravisá-los mataram o destacamento local composto de trinta (30) soldados e os moradores brancos que lhe caíram às mãos.
Em 1833, por força do Ato de 25 de Junho daquele ano, Luséa é elevada à categoria de Vila. Data conseqüentemente daí a criação do município e do termo judiciário.
Por ocasião da Cabanagem a Vila de Luséa foi cenário de sangrentas lutas entre os Cabanos e “legalistas”. Em 1835, os Cabanos dominavam o Baixo Amazonas, tendo Icuipiranga como uma espécie de centro de operações. Investiram sobre Luséa e Serpa (atual Itacoatira), vencendo-as sem resistências. De Luséa fizeram então o seu principal reduto, onde se mantiveram entrincheirados, resistindo a vários ataques. Daí os escorraçou Ambrósio Aires, conhecido por “Bararoa”, que já vinha se distinguindo pela sua bravura nos combates travados com os cabanos. Finalmente, com a decretação da anistia geral, os Cabanos se renderam. Em Luséa, a 25 de Março de 1840, 880 Cabanos depuseram as armas.
Ao criar-se a Província do Amazonas, em 1850, era Luséa um dos quatro municípios então existentes. Os outros eram Manaus, Barcelos e Tefé.
Do vasto território do município de Luséa, desmembrou-se em 1853, o município de Vila Bela da Imperatriz (atual Parintins). Das vilas existentes na província, em 1856, era, sem dúvida, Luséa uma das mais desenvolvidas.
Em 11.09.1865, a sede do município de Luséa passou a denominar-se Vila da Conceição.
Em 04.11.1892, pela Lei Estadual nº 35, o município e respectiva sede passam a denominar-se Maués.
Em 05.10.1895, pela Lei Estadual nº 133 é criada a comarca de Maués
Em 09.03.1896, instala-se o município de Maués. E em 04.05 do mesmo ano, pela Lei Estadual nº137, a sede do município foi elevada à categoria de Cidade.
Em 1955, o município de Maués perdeu parte do seu território para o município de Nova Olinda do Norte.
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifLimites
• Município de Boa Vista do Ramos
• Município de Barreirinha
• Estado do Pará
• Município de Borba
• Município de Nova Olinda do Norte
• Município de Itacoatiara
• Distrito de Repartimento e Osório da Fonseca
• Distrito de Maués e Repartimento
• Distrito de Maués e Osório da Fonseca
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifLocalização: 8º Sub-Região – Região do Médio Amazonas
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifAltitude: 18 m acima do nível do mar.
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifÁrea Territorial: 39.675 Km²
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifTemperatura Média: 28º C
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifAcesso: Via Fluvial
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifDistância
• Em linha reta entre Maués e a Capital do Estado, 267 Km.
• Por via fluvial entre Maués e a Capital do Estado, 356 Km.
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifAtividades Econômicas
• Setor Primário
- Pecuária: exerce predomínio no setor, cabendo a liderança aos bovinos, a seguir os suínos. A produção de carne e leite destina-se ao consumo local e à exportação para outros municípios, notadamente Manaus.
- Agricultura: para a formação do setor destacam-se as culturas temporárias: mandioca, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, juta, malta, melancia, milho, tomate e mais as permanentes: guaraná, abacate, banana, limão e tangerina.
- Pesca: o município destaca-se como um dos grandes centros produtores de pescado, tanto para o consumo local, como para a exportação. O principal entreposto de comercialização é o porto do mercado.
- Avicultura: a criação de galinhas, perus, patos e marrecos são essencialmente domésticos.
- Extrativismo Vegetal: o extrativismo gira em torno da exploração de madeira, castanha, óleo de copaíba e essência de pau-rosa, borracha e cumaru.
• Setor Secundário
- Indústrias: usina de extração e essências de pau-rosa, serrarias, beneficiamento de guaraná, fábrica de gelo, movelarias, panificadoras e olaria.
• Setor Terciário
- Comércio: varejista e atacadista.
- Serviços: hotéis, consultórios médicos, odontológicos, protéticos, oculistas, contadores, relojoeiros, consertos de carros, motos e barcos, cabeleireiros, fotógrafos, borracharia, ourivesaria e oficina de refrigeração.
http://1.1.1.3/bmi/www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/municipios/images/ah_seta2.gifEventos
•  Festa do Divino Espírito Santo (31.05 à 08.06)
•  Aniversário do Município de Maués (25 de junho)
•  Festival Folclórico da Ilha de Vera Cruz (11 à 13 de julho)
•  Festival de Verão de Maués (04 à 06 de setembro)
•  Festa do Guaraná (27 à 29 de novembro)


4 comentários:

Unknown disse...

Ainda existem pessoas que perdem tempo na internet com bobagem, como é bom pesquisar e encontrar sites, blogs, com o seu que servem de referencial e embasamento pra trabalhos acadêmicos, irei utilizar seu documento em minha monografia no curso de Teologia, estou finalizando e irei falar dobre a fixação do judeus no município de Maués, fiquei muito alegria de saber que apesar de ser da área da educação física, mas a parte histórica de um povo nunca pode ser esquecida.
Estou muito feliz em colocar seu blog como citação e referência em meu trabalho, obrigado!
E você está de parabéns professor Vanderlan em retratar o germe cultural de um povo ação que nem os próprios mauesense si preocupam de realizar,
Att; Max Barros - Maués/AM.

Unknown disse...

Como promiti esse é meu resumo da monografia do Curso de Teologia.


Att: Max Barros - Muaés/AM

RESUMO


Na busca de reconhecimento e autonomia, o povo judeu, ao longo de milênios foi perseguido e assassinado brutalmente. Fato esse que proporcionou diversas vezes a diáspora (saída de sua terra) ou fuga. Conquanto, nunca perdesse seu vínculo cultural, social, religioso e principalmente o sentimento de regresso a sua terra natal (sendo uma das três religiões monoteístas e que tem o Velho Testamento como Livro Sagrado) foi alvo de imensa perseguição de diversos povos que almejavam a aniquilação dos descentes dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaac e Jacó, pilares da religião judaica, juntamente com Moisés. Dentre muitos estavam os sumérios, os elamitas, os acádios, os amoritas, os cassitas, os assírios, os babilônios, caldeus, etc. povos da Mesopotâmia que eram inimigos dos hebreus. Hoje, não muito diferente de outrora, o mundo Árabe ainda semeia rancores e o conflito no Oriente Médio contra Israel tornou-se um barril de pólvora naquela região. Mas muito antes dos conflitos contemporâneos houve outros conflitos que causaram dentre várias diásporas, ou saída de sua terra natal, a vinda de inúmeros judeus para o Brasil. A grande “perseguição” na Europa (Portugal, Espanha, Itália, etc. países que acolheram os judeus ao longo de décadas) foi crucial para tal fato histórica que queria concentrar os judeus em guetos e os colocavam em penúria, sua conversão ao catolicismo e apropriação de seus bens ocasionou muitos conflitos sociais até a morte de milhares, era mais um holocausto se concretizando na história, fato este que impulsionaram em outra diáspora e desta vez rumo ao Marrocos, local considerado por eles de porto seguro, sendo a realidade muito aquém do esperado. No Marrocos (Após um longo sofrimento que perdurou trezentos anos, onde os judeus sofreram o grande desencanto, a pobreza era visível e tanto malhe que ceifaram milhares de vidas, sendo a fome uma grande atormentação dos hebreus, as doenças por falta de saneamento e higiene que lhes eram negados, pois viviam em um país que sua religião atormentava em grau elevado, o Islamismo, que empulhava sobre eles uma enorme crueldade, muitos chegaram a ponto de apedrejamento vivos e mortos) foram colocados ao extremo da humilhação, sofreram perseguição e com a morte de Solica la Sadika (Sol Hachuel da família dos Hatchwel, de Maués), a qual se recusou a conversão ao islamismo e recusa ao casar com o Sutão foi decapitada.

Unknown disse...

Cont>...

O assassinato da mártir agravou os problemas impulsionando uma saída emergencial do Marrocos fato conhecido como “diáspora marroquina”. Diversos judeus se lançaram pelo mundo, e, um grupo escolheu o Brasil, se adentrando por Belém, se estabeleceram em diversas localidades da Amazônia, dentre os locais escolhidos pelos judeus da Amazônia, terminologia adotada para os que aqui se estabeleceram, foi à cidade de Maués/AM. Todo legado dos judeus não podem ser demenosprezado porque possuíam e possui uma das mais vantajosas ciências voltada a medicina, educação, comércio, cultura, e poderio bélico. Povo estritamente cuidadoso com seus costumes e hábeis comerciantes conseguiram se fixarem na cidade. Entretanto, todo o seu legado foi se perdendo ao longo dos anos com as mortes dos primeiros descendentes judeus que aqui chegaram. Hoje, no município de Maués existem vários descendentes diretos dos primeiros desbravadores judeus, mas infelizmente sua cultura hebraica se perdeu, por causa de vários fatores, dentre eles a perca da continuidade de seus ritos, tradições e costumes sagrados, a educação familiar muito presente no povo hebreu, e a formação familiar entre parentes, este costume antigo não levava em conta o perigo dos problemas consangüíneos. Hoje tal prática é aconselhada pela medicina. Mas quando falamos de perca de costumes não queremos dizer que os descendentes dos judeus estejam educando seus filhos erroneamente, mas, o queremos salientar é que a educação judaica não é mais o germe central na formação familiar, religiosa e sim uma educação sistemática levando a esquecimento de suas raízes e conseqüentemente a perca de um legado imensurável. Portanto, hoje todos seguem o mesmo caminho no que tange sistema educacional, já no cunho religioso, muitos seguiram diversas variantes, entretanto, o cristianismo é a homogeneidade que se segue, por causa da tradição latina uma vez que o Brasil foi colônia de um povo que seguia doutrina cristã, conseqüentemente aquela forte prática religiosa judaica foi sendo suplantada ao longo do tempo caindo em esquecimento, e quase a extinção de todo o legado deixado pelos primeiros desbravadores judaicos amazônidas.


Palavras-chave: Perseguição e diáspora – legado suprimido – perdas de suas raízes.

Unknown disse...

Errata:
Att: Max Barros - Maués/AM

Hoje tal prática não é aconselhada pela medicina.

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