terça-feira, maio 04, 2010

Lazer em Cidades Amazônicas - São Gabriel da Cachoeira





História A história do município remete ao século 17, quando a coroa portuguesa percebeu a necessidade de povoar a região do Alto do Rio Negro para manter os domínios a salvo dos interesses dos espanhóis.
Em 1762, ainda com o objetivo de assegurar os domínios lusitanos, foi erguido o Forte de São Gabriel, motivando o povoamento em seu entorno. Atualmente, a cidade, que faz fronteira com a Colômbia e a Venezuela, é um ponto estratégico para o país.

Cerca de 99% da população de São Gabriel da Cachoeira é indígena, representando 9% do total brasileiro, e seus habitantes vivem em terras desmarcadas.

Turismo O município de São Gabriel da Cachoeira está a uma distância de 858 quilômetros da capital Manaus. É considerado um dos maiores potenciais turísticos do Estado do Amazonas. Além de diversas praias e cachoeiras, a cidade possui serras e ilhas fluviais, que fazem do município um local ideal para ecoturismo. Na lista das praias, merece destaque a do Mussum Cuara.

Segundo conta a lenda, o lugar abriga uma cobra adormecida e quem ali morre afogado acaba servindo de alimento para o animal. Crendices à parte Mussum Cuara é um ponto de encontro de moradores e turistas, especialmente aos domingos, e proporciona aos visitantes lazer em meio à natureza. Já na Praia do Jaú, crianças e adolescentes se reúnem no final da tarde para desceram as corredeiras com bóias improvisadas de pneus.
O lugar é também uma boa pedida para aqueles que querem se sentar e apreciar as serras de Curicuriari.

Outra opção para o turista é conhecer as principais ilhas da região, entre elas, Adana, dos Reis, Buia-Cuara, do Cuaty e Maywa Kaapuon (ilha do majuba). Destaque para a Ilha Adana, localizada próxima à margem da cidade. Durante o período da seca do rio pode-se fazer passeios de voadeira até ela. Próximo à Adana, são encontradas duas fortes correntezas. Conta a lenda que as duas corredeiras, Buburi e Curucui, representavam dois bravos índios guerreiros que disputavam o amor da linda índia Adana.

Como ela havia fugido com Curucui de canoa, Buburi foi atrás do casal e os alcançando no meio do rio se alagaram e morreram afogados, e seus corpos se transformaram nas respectivas corredeiras. A índia Adana, que se afogou no meio de seus pretendentes, teria se transformado numa ilha, que recebeu seu nome.

Artesanato Cada grupo étnico é especializado na produção de objetos de arte e utilitários determinados. os bancos de madeira, por exemplo, são representativos da arte do tucano, enquanto os baianos e raladores de mandioca ficam por conta dos dessana e dos baniwa.

No rio Tiquié, os tuyuca e os baré destacam-se como os melhores construtores de canoas e artigos de primeira necessidade. Já os aku são artesãos das flautas de plã, dos aturas de cipó e dos artefatos de arumã.
Mas apesar das diferenças entre os grupos étnicos, o artesanato local é marcado em geral por pilões, peneiras de cipó, cestos de palha, colares e pulseiras de contas e penas coloridas de aves, entre outros objetos.

Festribal Durante três dias no mês de setembro, acontece tradicionalmente o Festival Cultural das Tribos do Alto Rio Negro (Festribal). A programação da festa inclui danças, rituais, atividades esportivas e comidas típicas da culinária indígena e tem como objetivo a revitalização das tradições culturais dos povos do Alto Rio Negro. Geralmente o evento acontece entre os dias 5 e 9 de setembro.

Linha do Equador Na BR-307, a caminho do distrito de Cucuí, uma placa indica por onde passa a linha imaginária do Equador, que divide a terra nos hemisférios Norte e Sul. O acesso a partir de São Gabriel da Cachoeira pode ser feita de carro, moto, bicicleta ou até através de uma longa caminhada.

Serviço Informações: (97) 3471.2358 - Sematur Acesso: É feito por via aérea ou fluvial. Existe uma úbica empresa que oferece vôos a partir de Manaus, com tempo estimado em 2h30. Os barcos de passageiros mantêm linhas regulares, com saída do Porto de Manaus e do porto de Camanaus, em São Gabriel da Cachoeira, às sextas-feiras. A duração da viagem no trecho entre a capital amazonense e o município pode ser de até sete dias, dependendo da época do ano (período de cheia e vazante). Devido às dificuldades de navegação em certos trechos do rio Negro, é preciso ter cuidado no trecho entre Barcelos e São Gabriel da Cachoeira. Na época da vazão do rio Negro os barcos não conseguem chegar até a cidade eo transporte é feito em botes e voadeiras. Distância: 858 quilômetros em linha reta áté Manaus e 1.064 quilômetros via fluvial. Clima: Equatorial, quente e úmido. Temperatura média: 27,5oC

OS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER PARA A PRÁTICA ESPORTIVA

Os estudos que versam sobre as questões urbanísticas com freqüência tangenciam a temática do lazer, e na sociedade moderna este é enfatizado, principalmente, no aspecto do entretenimento, proveniente da chamada industrial cultural.

Ao afirmar que o lazer é resultado da revolução industrial, e, por conseguinte fruto da modernidade, não podemos deixar de mencionar outras três categorias que o acompanham, ou são, para alguns autores, inerentes ao tema, são elas: o tempo, entendido como “tempo livre” ou do não trabalho, resultante da luta dos trabalhadores por melhores condições de vida (WERNECK, 2000 E RODRIGUES & BRAMANTE, 2003). Tempo este que se estabelece na fusão entre a instituição social de um tempo livre e o planejamento pessoal em relação a este mesmo tempo, frente às possibilidades / opções ofertadas pelas experiências sociais e/ou atividades de consumo e fruição da cultura e de suas produções (MARCASSA, 2003) e o espaço e os equipamentos necessários para que o lazer aconteça; considerando que toda e qualquer experiência de lazer se desenvolve no interior de espaços e equipamentos admitidos e aprovados ao seu desenvolvimento, de modo que as atividades de lazer dependem e são sensivelmente demarcadas pelos ambientes onde acontecem. Pode-se dizer, inclusive, que a própria emergência do lazer no Brasil esteja relacionada à elaboração de programas e à construção de equipamentos específicos para a sua prática. (MARCELINO, 1983, 2000, 2006, DUMAZEDIER, 1999, MARCASSA, 2003).

E é neste sentido que Marcelino (2006) nos coloca a necessidade de que ao tempo disponível corresponda um espaço disponível. E se a questão for colocada em termos de vida diária da maioria da população, não há como fugir do fato: o espaço para o lazer é o espaço urbano. As cidades são os grandes espaços e equipamentos de lazer.

Neste sentido nossa proposta é divulgar o lazer no ambiente urbano, mais precisamente na cidade de São Gabriel da Cachoeira - Amazonas, enfocando as categorias espaço e equipamentos.

O lazer se traduz por uma dimensão privilegiada da expressão humana dentro de um tempo conquistado, materializado através de uma experiência pessoal criativa, de prazer e que não se repete no tempo/espaço, cujo eixo principal é a ludicidade. (...) Sua vivência está relacionada à oportunidade de acesso aos bens culturais, os quais são determinados, via de regra, por fatores sócio-político-econômico e influenciados por fatores ambientais.

Neste sentido, lazer ganha uma conotação eminentemente humana, ou do resgate do humano no homem (MARCELINO,1983) para além do binômio trabalho/lazer, é aqui entendido como uma experiência vivida no espaço urbano, marcado por diferentes possibilidades de acesso, relacionadas, principalmente, com os fatores sócio-econômico-político; sendo também resultante da produção cultural na medida em que toda experiência de lazer se constitui no e pelo universo da produção material e simbólica da sociedade.

O lazer, historicamente, está relacionado a uma gama de experiências (e espaços) que o homem “pode” usufruir, tais como: teatros, cinemas, músicas, bibliotecas, parques, estádios, praças, práticas esportivas e mais recentemente, com o advento da globalização, também são tidos como espaços de lazer a televisão, a internet, os shoppings, as viagens turísticas, etc. Sabemos que este “acesso” aos bens culturais não se dá de forma homogênea, pois reconhecemos os problemas enfrentados numa sociedade dividida em classes sociais, onde uma minoria é sustentada por uma grande massa de trabalhadores, que muitas vezes “fazem a cidade”, mas, não moram nela; no sentido de usufruir de suas produções culturais, ficando estas restritas à uma minoria que pode “pagar”. Fenômeno característico da globalização que vivemos em todos os âmbitos.

Se para alguns ela (a globalização) continua a ser considerada como grande triunfo da racionalidade, da inovação e da liberdade capaz de produzir progresso infinito e abundância ilimitada, para outros ela é anátema já que no seu bojo transporta a miséria, a marginalização e a exclusão da grande maioria da população mundial, enquanto retórica do progresso e da abundância se torna em realidade apenas para um clube cada vez mais pequeno de privilegiados (SANTOS, 2002, p. 53).

O processo de globalização, também tem proporcionado um ambiente individualista, em muitos aspectos, inclusive no campo do lazer; pois as pessoas são levadas a uma prática do lazer doméstico, em frente a uma televisão, vídeo game, páginas da internet e coisas deste tipo; extrapolando, no máximo, para os espaços do condomínio, ou do clube privado. Para além da limitação do espaço, este tipo de lazer desconsidera as diferenças culturais, e muitas vezes acaba promovendo uma aculturação, no sentido de enfatizar uma determinada cultura em detrimento das outras, inclusive da cultura local reforçando a alienação e contribuindo para perpetuar as relações de poder e dominação, presentes neste modelo de sociedade.

Mascarenhas (2000), afirma que o lazer é “um fenômeno tipicamente moderno, resultante das tensões entre capital e trabalho, que se materializa como um tempo e espaço de vivências lúdicas, lugar de organização da cultura, perpassado por relações de hegemonia[1]”.

O lazer acontece por uma permissão do tempo e uma vontade interna do praticante e é, inevitavelmente, vivenciado em algum lugar. À primeira vista, o espaço parece aspecto menor que envolve o tema lazer. Porém, o ambiente físico influencia muito além de sua materialidade, sustentado em valores éticos e estéticos de qualquer lugar (RODRIGUES & BRAMANTE, 2003).

Nos espaços da cidade e no cotidiano das pessoas as práticas esportivas, como parte integrante do lazer, encontram formas variadas de existência e manifestação. Desde “pelada” no fim de tarde, até os campeonatos amadores, já organizados em ligas específicas.

De acordo com o Ministério do Esporte, no documento sobre Política Nacional do Esporte e do lazer, resultante da I Conferência Nacional do Esporte e Lazer, “o esporte e o lazer são direitos sociais e, por isso, interessam à sociedade, devendo ser tratados como questões de Estado, ao qual cabe promover sua democratização, colaborando para a construção da cidadania”. Sendo considerado como fator de desenvolvimento humano e fonte de emprego e renda. “É no tempo e espaço de lazer que a manifestação cultural esportiva, despojada de sentido performático (da busca do rendimento), se apresenta como possibilidade de ser vivenciada por todos que o acessam” (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2006).

Em São Gabriel da Cachoeira, a Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer – SEMJEL e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, turismo e Cultura estão voltada exclusivamente para o desenvolvimento do esporte, o lazer, meio ambiente, cultura e turismo. Dentro da prerrogativa institucional, é de sua competência valorizar e promover as manifestações esportivas e de lazer, garantindo ao cidadão a oportunidade de convivência, de integração, entretenimento e, sobretudo, de satisfação e prazer, visando uma vida social saudável (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, 2008).

IMPLEMENTOS PÚBLICOS E PARTICULARES DE LAZER












































































IMPLEMENTOS PÚBLICOS


01


ASSENTAMENTO:





- Teotônio Ferreira


02


CAMPOS DE FUTEBOL:





- Quirinão;


- campo atrás do Colégio São Gabriel;


- Bairro Thiago Montalvo;


- Ao lado da AABB;


- Bairro Graciliano;


- Centro Juvenil Salesiano;


- Itacoatiara Mirim;


- Comunidade de Camanaus;


- Circulo Bíblico Batista.


03


CENTRO DE ARTES:





- FOIRN;


- WARIRÓ;


- ISA.





04


CENTRO DE CONVIVÊNCIA








- Centro de Convivência do Idoso (CRAS)





05


CINEMA PÚBLICO:





- ISA


06


CLUBES DE MÃES





- Assai;


- Boa Esperança;


- Mão Amiga.


07


CLUBES SOCIAIS:





- Ecoema;


- Bairro da Praia (Xibé)


- Boa Esperança;


- Areial;


- Graciliano;


- Dabarú;


- Bairro da Paz.





08


ESCOLAS ESTADUAIS:





- Escola Estadual Dom João Marchesi;


- Escola Estadual Indígena Irmã Inês Penha.







09


ESCOLAS MUNICIPAIS:





- Dom Bosco (campo de areia)


10


GINÁSIO COBERTO:





- Arnaldo Coimbra;


- Diocese;


- Marchese;


- Centro Juvenil Salesiano;


- Prefeitura (atual garagem)


11


PRAÇAS DE ALIMENTAÇÃO:





- Dabarú (sem estrutura);


- Próximo ao Arnaldo Coimbra.


12


PRAÇAS PÚBLICAS:





- Praça do Rodoviário


13


QUADRA POLIESPORTIVA





- Arnaldo Coimbra;


- Diocese;


- Marchese;


- Centro Juvenil Salesiano.





14


QUADRAS DE AREIA (FUTEBOL E VOLEI):





- Alemazonas;


- Final da praia;


- Ao lado do quirinão;


- Itaoatiara Mirim;


- Comunidade do Areial;


- Comunidade de Camanaus;


- Casadas Irmãs.





15


UNIVERSIDADES





- UEA (com sede);


- UFAM (sem sede)


- ULBRA (com sede) Escola D. Miguel Alagna


16


PRAIAS





- Bairro da Praia;


- Porto do Luizinho;


- Mangueira;


- Beira-Rio;


- Dedé Chagas.





17


BIBLIOTECAS





- Colégio São Gabriel;


- Escola Dom Miguel;


- Diocese;


- FOIRN;


- ISA;


- Comunitária Jaú projetada 70.


18


ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES





- Associação de Pais e Professores Indígenas do Rio Negro


- Da Escola Dom Bosco;


19


LIGA ESPORTIVA





- Liga Esportiva da Prefeitura de SGC


IMPLEMENTOS PARTICULARES


01


ACADEMIAS ESPORTIVAS





- Músculo e Forma (rua Virgílio Cardoso);


- Academia do Mambi (Boa Esperança);


- Mar’s Fitnss Performace (Auto Posto Rican, BR)


02


BARES





- Kuka (praia);


- Lúcia (praia);


- Catiguria (ao lado da Liga Esportiva);


- Schin (31 de Março);


- Bar do Ari (Costa e Silva);


- Lago do Jacaré (Costa e Silva);


- Bar do Sérgio (Queiroz Galvão)


- Bar do Léo (Areial);


- Bar dos Selos (ao lado do Ginásio);


- Bar Associação dos Biriteiros (rua 05 Dabarú);


- Bar do Marlido;


- Bar do Macarrão (Areial);


- Bar do Pingo de Leite (próximo a prefeitura).


03


HOTÉIS





- Walpés;


- Roraima;


- Praiano;


- Deus me Deu.


04


LANCHONETES





- Mac Dragon (Praia e AV. Castelo Branco);


- Dogão (Castelo Branco);


- Big Lanche (BR 307);


- Altas Horas;


- Pizaria Selva Drik’s (31 de março);


- Lanche Sorveteria Paisano;


- Lanchonete e restaurante Íris;


- Ponto do Guaraná (AV. Castelo Branco)


05


MOTÉIS





- Roraima;


- Chácara do Elias;


- Novo na Estrada.


06


PISCINAS





- Chácara do Quirino;


- Sítio da damiana;


- Casa do Neném;


- Casa da Neide (barcelos);


- Casa do Bigode;


- Casa do Orlando;


- Casa do zé Nogueira;


- AABB;


- Sítio Dom Bosco Jovem.


07


CHÁCARAS





- Chácara do Quirino


08 ASSOCIAÇÕES RELIGIOSAS





PRESBITERIANO


- Campo.





DIOCESANO


- Campo;


- Quadra;


- Ginásio.





FILHAS DE MARIA


- Campo de Barro;


- Campo de Areia.





SALESIANO


- Campo de Barro;


- Sala de Jogos;


- Ginásio.


09 ÁREAS MILITARES





CAMPO DE FUTEBOL


- 5º BIS;


- 21ª Cia E Cnst.





PISCINAS

- GRESSARNE (01 para adulto; 01 para criança);

- CIMARNE (01 para adulto; 01 para criança).


10


FESTIVIDADES





Festribal





Via Sacra





Festivais de Quadrilhas





Festa de Santos


11


ASSOCIAÇÃO





Associação Atlética Banco do Brasil – AABB









[1]
Hegemonia entendida como Gramsci nos apresenta na obra “Os intelectuais e a organização da cultura (1979)”.


1
Dentre eles podemos mencionar: Requixa (1980), Marcelino (1983, 2000, 2006), Dumazedier (1974, 1999), Camargo (1992), Bruhns (1997), Werneck (2000), Mascarenhas (2003) entre outros.










1
Dentre eles podemos mencionar: Requixa (1980), Marcelino (1983, 2000, 2006), Dumazedier (1974, 1999), Camargo (1992), Bruhns (1997), Werneck (2000), Mascarenhas (2003) entre outros.


[2] Hegemonia entendida como Gramsci nos apresenta na obra “Os intelectuais e a organização da cultura (1979)”.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog do Barba, deixe seu comentário.