sábado, maio 01, 2010

AMAZONAS TEM O PIOR ÍNDICE DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO PAÍS.

Embora faça pesados investimentos em cultura, como os festivais de ópera e cinema internacional, o Estado do Amazonas tem o pior índice nacional de bibliotecas oferecidas à população. O 1° Censo Nacional das Bibliotecas Públi¬cas Municipais revela que são 0,70 bibliotecas por 100 mil habitantes amazonenses. O Estado, que ocupa a última posição entre as 27 unidades da federação, com BPMs, tem 62 municípios e 3.393.369 habitantes. O município com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes é Parintins (0,93) e o pior índice do Estado é Manaus, com 0,05 bibliotecas.
A pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sob encomenda do Ministério da Cultura, mostra ainda que, em 2009, 37% dos municípios amazonenses possuíam ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 23 bibliotecas em 23 municípios. Em 60% dos casos, as BPMs ainda estão em fase de implantação ou reabertura e 3% estão fechadas, extintas ou nunca existiram. Não há biblioteca pública municipal em Guajará e Tefé no Amazonas. Segundo o levantamento, em 420 municípios brasileiros não existem bibliotecas.
A Fundação Biblioteca Nacional promoverá a implantação ou reinstalação dessas bibliotecas, com a distribuição de kits com acervo de dois mil livros, mobiliário e equipamentos, no valor de RS 50 mil, totalizando R$ 100 mil no Estado. Também vão receber Telecentros Comunitários do Ministério das Comunicações.
Os usuários das bibliotecas públicas municipais, no Amazonas, não vão ao local para o lazer. Mas, assim como no restante do Brasil, o uso é maior para pesquisas escolares (78%), superior à média nacional (65%). Os assuntos mais pesquisados nas bibliotecas são Geografia e História (83%); literatura (7O%); e obras gerais - enciclopédias e dicionários - (61 %). Segundo o levantamento, a média de visita é de 2,3 vezes por semana, acima do índice nacional (1,9/semana).
No Amazonas, empresta-se 122,4 livros por mês, o maior da Região Norte, que é de 90 volumes mensais. A média nacional de empréstimos é de 296 livros/mês. A maior parte das bibliotecas tem acervo entre 2 mil e 5 mil volumes. Nenhuma das bibliotecas oferece serviços para deficientes visuais (áudio-livros em braille, etc), índice Inferior ao nacional (9%). No caso, dos serviços especializados para surdos-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice é de 4%. A média nacioonal é 6% nesses casos. O curso de Educação Física da Universidade do Estado do Amazonas – UEA é o único curso no Brasil com livros específico para as disciplinas, como também, para a disciplina em Libras voltadas para seus alunos em 16 municípios no Estado do Amazonas.
O Estado tem apenas 26% bibliotecas com lnternet e somente 22% delas oferecem o serviço ao usuário. As BPMs amazonenses têm mais funcionários (6,8) que a média nacional (4,2). É o maior número regional. O levantamento mostra que 83% dos dirigentes das bibliotecas são mulheres e a maioria tem nível superior (61 %).
RR tem mais municípios sem o espaço
Pará tem o maior índice de municípios que possuem BPMs na região (77%), enquanto Amazonas temo menor (37%). O Norte tem uma, média de 2,01 bibliotecas por 100 mil habitantes. Tocantins: é o líder regional e nacional, neste quesito (7,73), seguido de Rondônia (2,59), Amapá (1,75), Roraima (1,66), Paia, (1,60), Acre (1,44) e Amazonas (0,70). O município do Norte com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes) é Itaituba/PA (1,56), seguido por Castanhal/ (1,23) e Palmas/TO (1,06)n Entre os piores índices estão Manaus/AM (0,05), Belém/PA (0,06) e Ananindeua/PA (0,19).
A região tem 51 municípios que receberão, kits de implantação de bibliotecas. No Norte, o Pará é o Estado em que o governo federal precisará investir mais, pois 21 municípios não têm equipamento. As cidade que não receberão kits já estão reabrindo ou implantando suas bibliotecas. Pelo Censo Nacional das Bibliotecas PU- bélicas Municipais, o Sul é a região brasileira com mais bibliotecas por 100 mil habitantes (4,06), seguida do Centro-oeste (2,93), Sudeste (2,12).

Um comentário:

Eliana disse...

Os que lêem, os que nos contam o que lêem,
Os que ruidosamente viram as páginas de seus livros,
Os que detêm o poder sobre a tinta vermelha e preta e sobre as imagens,
São eles que nos conduzem, que nos guiam, que nos mostram o caminho.Códice Asteca de 1524,Biblioteca Vaticana.
O ponto de partida é uma pergunta. As bibliotecas - as minhas ou aquelas que compartilhei com um público mais amplo de leitores, na Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, quando passaei no concurso público para auxiliar-biblioteca, passaram dias, semanas,mês, anos, até chegar ser Diretora da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, nossa equipe trabalhou muito e conseguimos fazer uma revolução na Biblioteca,problemas e soluções, fizemos o melhor acredito que sim.
O amor às bibliotecas, como a maioria dos amores, deve ser aprendido.Ninguém que pise pela primeira vez num aponsento repleto de livros saberá instintivamente como se comportar nem o que se espera, o que se promote e o que é permitido. Há quem fique tomado de horror,diante da barafunda ou da vastidão, do silêncio, do lembrete zombeteiro de tudo que não sabemos, da vigilância, e parte dessa sensação acachapante pode se perpetuar, mesmo depois que os rituais e as convenções foram aprendidos, que o território foi mapeado e que os nativos foram julgados amistosos. A verdade é que não consigo recordar uma época em que não vivesse cerdado por minha biblioteca.Aos sete ou oito anos, eu reunira em meu quarto uma Alexandria minúscula, mais ou menos com dois livros de formatos diferentes.Adoro meus livros eles mudaram a minha percepção do tempo e do meu lugar no mundo.
As bibliotecas pública tem a missão social de transformar cidadão,a verdade quando não temos bibliotecas a perda da memória pode estar diretamente realcionada à nossa sede de conhecimento e informação. O país precisa criar Biblioteca Púbica em cada município,além disso, as mudanças que as bibliotecas irão vivenciar são tão complexas e profundas, sua forma final ainda tão embrionária e indefinida, que quaisquer previsões ou julgamentos que pudermos fazer a respeito estarão quase certamente condenados a se provarem simplistas ou errados.Parabéns pelo artigo,ser de alerta para classe dos Bibliotecários.

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